Eric Taylor Escudero une folk, rock, memórias de infância e observações existenciais em seu segundo disco

O segundo disco do cantor e compositor Eric Taylor Escudero mostra em forma de canções as impressões, imagens e marcas que as memórias do que vivemos deixam em nós mesmos. Como se olhando em um reflexo, o álbum “Mirrors” traz temas instrumentais e cantados, focados no trabalho de produção e arranjador do artista. O álbum está disponível nos principais serviços de streaming de música.

Ouça “Mirrors”: https://smarturl.it/MirrorsAlbum

Confira o faixa-a-faixa abaixo

Fruto de suas apresentações que levaram Eric pelo mundo, o trabalho foi diretamente influenciado por uma viagem de sua São Paulo natal às ilhas da Escócia, onde se apresentou no Iona Village Hall Music Festival em julho de 2017.  

“Por ser inspirado em uma viagem do Brasil à Escócia, o álbum sonha quase como uma trilha sonora de uma viagem da mente. Eu realmente acredito que as canções do álbum trazem diferentes sensações e pintam diferentes paisagens. A trajetória se inicia em um nascer do sol na capital, passando pelo bairro da Penha e por Itanhaém, antes de seguir viagem a Glasgow, às vila de Culipool, Fionnphort e finalmente Iona”, conta Eric.

Nascido na capital paulista no final dos anos 80, Escudero é produto de uma casa repleta de rock sessentista e setentista. O resultado foi uma vivência musical desde muito cedo que o levou a integrar bandas de rock paulistanas. Após essas experiências, o artista estava pronto para iniciar sua trajetória solo, cujas primeiras canções ganharam forma em uma série de três EPs lançados ao longo de 2010, 2011 e 2012 e que chamaram atenção de veículos especializados no Brasil e exterior.

Esse novo capítulo culminou em 2015 no álbum “We Were Young and It Was Morning”, entregando uma lírica que evoca os mais diversos temas, desde a vida nas cidades, às mudanças das estações, sempre de forma poética e singular. Ele foi seguido pelo single “The Sailor”, em 2017, e por uma série de shows passando por lugares como Áustria e Dinamarca.

Agora, Escudero está pronto para uma nova jornada com o álbum “Mirrors”. O disco, que foi antecipado pelo single memorialista “Tema da Penha”, foi construído como uma tese de mestrado em Música e retrabalhado para dar o tom cinemático que o artista desejava.

Assista ao lyric video “Tema da Penha”: https://youtu.be/Go6CT-z3-6M

“A composição teve dois momentos distintos. A primeira parte, feita como projeto de mestrado, focava apenas nas questões musicais e de arranjo, e foram apresentadas quase como demos. No segundo momento trabalhamos para inserir a ambiência, o som do vento, do mar, barulhos de janela chacoalhando, barulho em uma tentativa de transportar o ouvinte aos locais por onde passei. O trabalho do produtor Bruno Zibordi (ErrorSynth) foi brilhante não só nesse aspecto, mas no conceito em geral”, conclui o artista.

Atualmente, Eric Taylor Escudero reside no Canadá, onde estuda Etnomusicologia e tem se apresentado em diversas casas de shows com o projeto Ana & Eric, ao lado da cantora Ana Luísa Ramos. Com produção de Eric e Zibordi e masterização de Luca Fasano,  “Mirrors” está disponível em todas as plataformas de streaming de música.

 

Ouça “Mirrors”: https://smarturl.it/MirrorsAlbum

Confira o faixa-a-faixa abaixo

Ficha técnica

Eric Taylor Escudero: Violão, voz e gaita

Ana Luísa Ramos: Voz

Coro: Ana Luísa Ramos, Claus Xavier e Regina Migliore

Violino: Ney Aguiar

Violoncelo: Júlio Pelloso

Arranjos: Eric Taylor Escudero e Bruno Zibordi

Gravação e Mixagem: Bruno Zibordi

Masterização: Luca Fasano

 

Faixa-a-faixa:

Sunrise in São Paulo: Essa música representa não apenas o início do dia, mas foi pensada como uma abertura para o álbum. Quase como um prólogo. Nessa canção ouvimos o dia nascer lentamente em São Paulo, e a tranquilidade se transformar lentamente em samba e caos.

 

Tema da Penha: Essa canção foi inspirada pelo bairro em que eu cresci. É uma homenagem às pessoas que moram no bairro, e aos meus antepassados que construíram em 1932 a casa onde cresci, ouvi histórias sobre o passado, comecei a ouvir música e compor.

 

Itanhaém: Essa é uma canção que soa quase como um sonho. Ela é inspirada pelos verões, invernos e muitos dias de chuva que passei quando criança na cidade de Itanhaém, a qual ainda visito sempre que posso.

 

Glasgow Waltz: Apresenta minha representação musical dessa cidade impressionante e cheia de história. O arranjo tenta simular a nostalgia que e os dias cinzas que passei naquela cidade cheia de antigas construções de pedra.

 

Cullipool: Essa é uma pequena vila na ilha de Luing, no oeste da Escócia. É um lugar de verões frios e com muito vento, cheio de casas de pedra, todas pintadas de branco, com telhados de ardósia. Ardósia também cobre as praias do local e ao caminhar, ouvimos um barulho constante, que, nessa música, é simulado pelo piano.

 

Road to Fionnphort: Essa é a estrada que leva à ilha de Iona. São quilômetros e quilômetros de estrada na qual passa apenas um carro por voz. A vista alterna montanhas, pântanos e mares. O violão, com o dedilhado repetitivo sugere o movimento e constância das longas viagens de carro.

 

Iona: É uma ilha no oeste da Escócia, com 177 moradores e uma das igrejas mais antigas da Escócia. Essa canção apresenta coro e orquestra, inspirado pelos antigos cantos religiosos, que estiveram presentes naquela ilha por tantos séculos.

 

Always On My Way Back Home: É o retorno simbólico da jornada do álbum, mas musicalmente é o retorno às minhas raízes musicais. É uma música simples, com violão e gaita, que são acompanhados por orquestra na parte final da canção. É a única canção com letra em inglês nesse álbum.