Inovação, sustentabilidade e crescimento focado no lucro são recomendações para o setor moveleiro

Inovação, sustentabilidade e crescimento focado no lucro são recomendações para o setor moveleiro

O segundo e último dia da Movelpar Conference 2021, evento digital que iniciou as ações da Movelpar neste ano, trouxe números e análises sobre o setor moveleiro, comportamento do varejo e tendências para que as indústrias e lojistas do segmento entendam as estratégias de crescimento necessárias para o avanço no mercado. Os efeitos da pandemia de Covid-19 e as incertezas para o término da crise sanitária precisam ainda ser considerados mesmo em um cenário de ações de tentativas de retomada da economia.

Marcelo Prado, diretor do IEMI – Inteligência de Mercado, enfatizou as perdas do setor moveleiro em relação ao consumo em 2020 sobre 2019, mas ressaltou o crescimento do e-commerce e as perspectivas de avanço com as mudanças no perfil do consumidor e a valorização de atributos ligados aos móveis como sustentabilidade ambiental e inovação. “A disputa de preços no mercado será acirrada e esse é o grande desafio das empresas hoje que precisam aumentar o valor percebido dos produtos, investir em inovação, diferenciação e comunicação, expandindo a demanda existente para novos mercados e qualificando a oferta de produtos para os atuais clientes”, afirmou.

Em relação às tendências de consumo, Prado ressaltou pontos de atenção que são ativos para o investimento do setor moveleiro com foco no comportamento do consumidor que privilegia hoje o home office, ambientes pequenos, multifuncionalidade, customização, e-commerce, logística reversa, sustentabilidade ambiental e responsabilidade social.

Entre os desafios, a dica é escalonar a competição de custos do mobiliário, aumentar volumes e preços dos produtos, estimular valor percebido pelo consumidor, construir diferenciais próprios das marcas e competir em todas as faixas de preço, além de investir para ser encontrado pelos consumidores, com diversificação dos canais de venda. “Para sobreviver as empresas vão precisar crescer a taxas superiores no mercado e terão que ter o crescimento centrado no lucro, o que vai depender da inovação para o alcance da longevidade dos produtos”, salientou.

Já o economista Carlos Alberto Braga fez uma análise dos efeitos da crise de saúde pública mundial e os seus reflexos na economia do mundo e do Brasil. Segundo ele, o nível de incerteza global já vinha se estendendo com os acidentes de clima, decisões geopolíticas e questões ligadas às políticas comerciais globais. “A pandemia de Covid-19 só aumentou a ansiedade dos mercados e o grau de incerteza sobre quando a crise vai terminar, prolongando as consequências do momento atual e futuro. Temos vários cenários de riscos e oportunidades e será fundamental identificar variáveis e traduzir as análises em diferentes impactos. Nesse contexto, o papel da liderança empresarial será significativo. A capacidade dos líderes de fazer com que os times se comportem de forma estratégica, focados em produtividade e diferenciação, é a aposta para a retomada do crescimento da economia”, ressaltou.

 

Inovação

A inovação e os processos de transformação da vida foram os focos da palestra de Camila Farani, investidora de 40 startups no Brasil que integram um amplo ecossistema e impactam mais de 3 mil famílias no país. “O meu propósito é transformar a vida das pessoas pela inovação e pelo empreendedorismo, ajudando a transformar o ambiente de negócios e de educação no Brasil”, afirmou.

Camila destacou os seis tipos de inovação que as empresas devem prestar atenção para investir e se sobressairem no mercado, entre elas a inovação incremental (melhorias contínuas), inovação de produto (sucessivas melhorias de acordo com o comportamento do consumidor), inovação de processo (implementação de uma nova melhoria de produção ou método de entrega), inovação de serviço (serviço novo ou melhorado) e inovação disruptiva (inovações que descolam empresas estabelecidas). “A pergunta é: Qual o próximo ciclo que pode destruir meu negócio? ”, provocou.

Entre as tendências da inovação, Camila destacou as plataformas digitais, a inteligência artificial, a indústria 4.0, a economia colaborativa, as experiências imersivas e a internet das coisas. “A minha dica para as empresas se destacarem na inovação é dedicar 70% do tempo para as coisas mais importantes a fazer, 30% para o que somente você pode fazer e 10% para aprender sobre inovação. Equipes colaborativas, mente aberta, cultura de inovação e foco em solução é o que trará aprendizagem contínua com foco em novas tecnologias e novas experiências para o consumidor”, salientou.

 

Assessoria de Imprensa Movelpar 2021 – CRCOM – Cláudia Romariz

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