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Pandemia fez com que os paranaenses se endividassem menos em 2020

Média anual de endividados no Paraná foi de 89,6% no ano passado segundo CNC e Fecomércio PR

Ao contrário do que se poderia imaginar, a pandemia fez com que os paranaenses se endividassem menos em 2020. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), a média anual de endividados no Paraná foi de 89,6% em 2020. O percentual é menor do que a média de 2019, que ficou em 90,4%.

Ao longo do ano passado, a curva de endividamento teve um decréscimo considerável em março, com leve aumento em abril, e manutenção dos índices nos demais meses. Isso porque as instabilidades geradas pelas crises sanitárias e econômicas provocadas pelo coronavírus deixaram os consumidores mais receosos e menos propensos a consumir e, consequentemente, a contrair novas dívidas.

Verifica-se que a redução do endividamento foi mais expressiva ente as famílias de renda até 10 salários mínimos, entre as quais a média anual foi de 88,6%, ante 89,6% em 2019. Já nas famílias com maior renda houve leve aumento no endividamento, cuja média anual passou de 94,4% em 2019 para 94,5% no ano passado.

Em dezembro, a pesquisa registrava que 89,5% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida, percentual parecido com novembro, que marcava 89,2%. No cenário nacional, no último mês do pandêmico ano de 2020 a parcela de endividados foi de 66,3%, com leve alta na comparação com novembro, quando foi de 66,0%.

Atraso no pagamento e inadimplência

As famílias paranaenses evitaram atrasar o pagamento das dívidas em 2020. Em dezembro, 25,7% dos endividados estavam com as contas atrasadas, a quinta redução consecutiva deste indicador, que chegou ao ápice em julho, com 30,4%. A média de endividados com os pagamentos atrasados em 2020 foi de 27,6%, ante 28,1% em 2019.

No entanto, mesmo com o esforço em manter os pagamentos em dia e apesar de ter reduzido pelo quinto mês consecutivo, a parcela de famílias que não teve condições de quitar as dívidas foi maior em 2020, ano em que muitas delas perderam parte considerável da renda. A média de famílias que não tiveram condições de pagar as dívidas em atraso foi de 12,4% em 2020, ante 10,5% em 2019. Mas, no último bimestre, observa-se uma tendência de recuperação no índice de solvência, sendo que em dezembro 10,6% dos paranaenses reconheciam não ter condições de quitar seus débitos, volume que chegou ao auge em julho, com 15,3%.

Tipo dívida

O tipo de dívida mais comum em 2020, como nos demais anos, foi o cartão de crédito, que concentrou, em média, 72,9% das dívidas dos paranaenses. Verifica-se uma leve redução deste tipo de dívida na comparação com 2019, quando a média de utilização foi de 74,5%.

No ano passado, o financiamento imobiliário superou 2019, com a média passando de 8,3% para 9,0% em 2020. As dívidas por financiamento de veículo também cresceram levemente, saindo de 8,3% em 2019 para 8,9% em 2019.

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