Campanha “Descarte Amigo” alerta para perigos de agulhas descartadas de forma incorreta

A campanha Descarte Amigo – Agulha no lixo é um perigo, iniciativa da Associação *SEMPR Amigos (*Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná), tem o objetivo de alertar a população quanto aos riscos associados ao descarte incorreto de agulhas e seringas usadas em domicílio, e orientar a forma correta de fazê-lo.

Em 2020 foi aprovada a lei estadual 20.130, que institui a Semana Estadual de Conscientização do Descarte Correto do Lixo gerado no tratamento do diabetes e outras doenças, a ser realizada anualmente na 1ª semana de março.

A campanha conta com o apoio da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – regional Paraná, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Sociedade Brasileira de Diabetes, Sociedade Brasileira de Infectologia, Associação Paranaense de Hepatologia e Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR). O material da campanha 2021 pode ser acessado através do link: https://www.sempr.org.br/Internas/SAMaterialCampanha .

Segundo a médica endocrinologista Daniele Tokars Zaninelli, presidente da Associação SEMPR Amigos, no Brasil há cerca de 16,8 milhões de pessoas com diabetes. Pelo menos 1 milhão faz uso diário da insulina, que vem salvando vidas há cerca de 100 anos.

“Agulhas e seringas são importantes para a manutenção da saúde de milhões de pessoas todos os dias. Recentemente temos visto seu papel impactante na imunização da população contra a COVID-19, porém o maior volume da produção domiciliar desses resíduos decorre do uso de insulina e outros medicamentos injetáveis por pessoas com diabetes”, explicou a médica.

Ela lembra, ainda, que o uso de medicamentos injetáveis é frequente no tratamento de outras patologias como obesidade, infertilidade e deficiência de hormônio de crescimento, entre tantas outras. “Erros comuns são o descarte de seringas e agulhas no lixo comum, no lixo reciclável, e até no vaso sanitário, o que prejudica o meio ambiente e traz risco de acidentes e transmissão de infecções à comunidade”, alerta a especialista.

A campanha

O alerta da Associação SEMPR Amigos lembra sobre o perigo de ferimentos e da transmissão de doenças, além de ensinar o descarte correto. Esses objetos precisam ser descartados com segurança para minimizar o risco de ferimentos acidentais e a propagação de doenças infecciosas entre as pessoas que manuseiam o lixo dentro de casa ou fora dela.

O material lembra que jamais se deve descartar agulhas no lixo comum, reciclável ou vaso sanitário. Para isso, há a necessidade de usar sempre recipientes adequados, como uma caixa para perfurocortantes vendida em lojas especializadas.

Outra saída é fazer o próprio coletor, usando uma embalagem firme e resistente a rupturas, como a embalagem de amaciante de roupas. Também é preciso colar na embalagem um aviso alertando sobre a presença de agulhas.

Coletor adequado

Um coletor adequado deve apresentar as seguintes caraterísticas: material inquebrável, com paredes rígidas e resistentes à perfuração ou vazamento e abertura larga o suficiente para o depósito de materiais sem acidentes. A tampa deve oferecer boa vedação.

Para onde levar?

Para descartar, coloque o coletor em uma sacola reforçada. Em seguida, é preciso levar o coletor a uma Unidade Básica de Saúde para tratamento e destino adequados.

Agulhas podem ferir gravemente quem trabalha com o lixo. Há ainda a possibilidade da transmissão de doenças e contaminação.  Por isso, nunca se deve jogar seringas, agulhas, canetas e lancetas – instrumentos usados para fazer exames – no lixo comum.

No Paraná, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (SESA), os pacientes cadastrados nas farmácias das Regionais de Saúde são orientados pelos farmacêuticos sobre o descarte quando passam pelo serviço de primeiro atendimento. Já a recomendação aos pacientes não atendidos pelo sistema público é para que procure as informações necessárias na Unidade de Saúde mais próxima do domicílio.

 

Com informações: SEMPR