Conheça lideranças femininas e suas conquistas no mercado de TI

Na vanguarda do setor, empresa de maioria feminina se destaca em resultado e cultiva cultura que beneficia as profissionais.

Conheça lideranças femininas e suas conquistas no mercado de TI
Josieli L. Silva é gerente financeira da empresa e atuou diretamente nas oscilações do dólar na Buysoft.

Poucas empresas de tecnologia do mundo podem dizer que 63% do seu quadro de colaboradores é formado por mulheres, já que se trata de um segmento no qual a participação feminina é pequena e ações para equilibrar essa balança ainda são raras.

Com 33 mulheres em um total de 52 colaboradores, a Buysoft, uma das maiores empresas de licenciamento de software e soluções em TI do Brasil, está na vanguarda no que diz respeito à valorização do trabalho feminino no universo da tecnologia.

Ainda que o espaço das mulheres no universo tecnológico venha crescendo ao longo dos últimos anos, a participação delas no mercado ainda é pequena. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres representam 20% dos profissionais da área no país.

Se olharmos para o cenário global, essa desigualdade é ainda maior. Um estudo realizado pela McKinsey entre 2015 e 2019, concluiu que as mulheres ocupam 21% dos cargos C-level (alta direção), enquanto no segmento tecnológico elas não chegam a ocupar nem 5% desses cargos.

Na Buysoft as mulheres não só são maioria dos profissionais, mas também são a maioria das lideranças. E foram elas que ajudaram a empresa a superar o período de maior turbulência dos últimos tempos desencadeado pela pandemia da covid-19.

Mãe de primeira viagem em plena pandemia foi promovida assim que voltou da licença maternidade

Tânia Trindade, gerente comercial da Buysoft, foi mãe pela primeira vez em fevereiro de 2020, após 7 anos na Buysoft. Para ela, conciliar a carreira profissional com a maternidade foi o maior desafio, ainda mais considerando o cenário de pandemia e o isolamento social, que forçou o regime home office. Mesmo com todos os percalços, sua trajetória teve novidades positivas, que poderiam ser inusitadas para muitas outras mulheres: “Fui promovida assim que voltei da licença, me tornando gerente comercial”.

Tânia conta ainda sobre a melhora do desempenho profissional trazido pela maternidade. “Como mãe, descobri um senso de responsabilidade e amor que não sabia que existia. Como profissional, me sinto mais segura na tomada de decisões e mais focada”, conclui ela.

Ela conta que já teve acesso a muitos relatos de mulheres que foram desligadas assim que descobriram a gestação ou quando regressaram da licença maternidade. Outras perceberam uma interrupção em suas carreiras após a gravidez, enquanto homens e outras colegas na mesma função e sem filhos, seguiram uma trajetória de promoções, aumento de salários e aumento de prestígio.

No caso dela, no entanto, foi diferente. Ela conta que a liderança de uma empresa fez toda diferença: “felizmente tenho o privilégio de ter um líder com valores humanos e trabalhar em um local com uma cultura que valoriza a maternidade e entende que esse acontecimento é um marco de maturidade na evolução de qualquer mulher”, comemora a executiva.

Tânia ressalta ainda o papel das empresas no bem-estar das mulheres que são profissionais e mães: “trabalhar nesse ambiente proporcionou encontrar o equilíbrio entre a carreira e a maternidade. Tive a chance de me respeitar e aproveitar o meu momento para retomar as minhas atividades e evoluir”.

Desde o início da pandemia, há cerca de um ano, o mercado vem experimentado altos e baixos e as empresas precisaram se reinventar de diferentes formas para fazer frente às dificuldades. Alguns dos principais desafios foram restrições de deslocamento e variações cambiais.

No caso da Buysoft, quem atuou diretamente nas oscilações do dólar na Buysoft foi Josieli L. Silva, que é gerente financeira da empresa.  Ela é responsável pela gestão de todas as contas a pagar e receber, fechamento de câmbio, análises de créditos, fluxo de caixa, cobranças, índices de inadimplência, além de desenvolvimento de projetos no setor. Ao falar sobre as conquistas que alcançou junto à empresa, ela atribui sua resiliência às atualizações profissionais, aos estudos, fé em sua crença e inteligência emocional.

Ela conta que já conheceu empresas em que a realidade não é a mesma que vive hoje na Buysoft. Sobre o mercado de trabalho como um todo, ela conta que ainda vê como desafio para as profissionais “o respeito em um ambiente corporativo, onde a fala, a opinião e o desempenho da mulher não têm o mesmo valor do homem”, mas vê soluções para essas empresas a partir de premissas simples – “empatia e respeito mudam o mundo”.

Empresa com identidade feminina

Ao final do ano passado, as principais lideranças da Buysoft definiram uma persona para a empresa, ou seja, é como se a organização agora apresentasse sua identidade de maneira parecida como uma pessoa, evidenciando traços de personalidade em sua comunicação. E essa persona é uma mulher.

Para Julianne Lam, coordenadora de marketing da Buysoft, o fato da persona ser feminina “é uma alegria e simboliza a valorização de quem somos. Em um mercado que muitas vezes nos inferioriza pelo fato de sermos mulheres, empresas como a Buysoft podem se destacar pela inovação que vai além da tecnologia e alcança realmente as relações humanas”.