Azulejo na decoração de interiores: profissionais trazem dicas e inspirações para utilizar o artefato no ambiente

Arquitetos e sócios do escritório Andrade & Mello Arquitetura, Erika Mello e Renato Andrade relacionam como utilizar o material nos ambientes residenciais

Azulejo na decoração de interiores: profissionais trazem dicas e inspirações para utilizar o artefato no ambiente
Nesta cozinha, os azulejos em tons fortes de azul e cinza foram desenhados pelos arquitetos Renato e Erika e desenvolvido pela Eliane Revestimentos com exclusividade. | Foto: Luis Gomes

Se antes era visto apenas como um revestimento, atualmente é cada vez comum vermos decorações com azulejos, um elemento que pode destacar uma parede das demais e trazer grande trunfo a um espaço com suas características específicas, incluindo as texturas, cores e formatos!

De acordo com o arquiteto Renato Andrade, do escritório Andrade & Mello Arquitetura, com a renovação arquitetônica, o azulejo passou a ser visto como material de protagonismo, sinal de renovação e até de expressão artística. “O uso deste material, que resiste ao tempo, se inova a cada dia, inclusive nas possibilidades funcionais. Vejo o azulejo como um elemento que nos permite registrar, no décor, uma expressão que corrobore com o estilo dos moradores”, explica.

Para que conheça mais sobre ele e como utilizá-lo em um espaço, Renato e sua sócia e arquiteta Erika Mello, separaram algumas informações importantes sobre o objeto decorativo. Acompanhe.

Azulejo na decoração de interiores: profissionais trazem dicas e inspirações para utilizar o artefato no ambiente
Nesta cozinha, o azulejo preto desenhado exala elegância e acompanha a tonalidade da bancada, dividindo o protagonismo para a marcenaria colorida. | Foto: Luis Gomes

Tamanho – qual escolher?

Não existe nenhuma regra para a definição das dimensões do azulejo. Entretanto, sua escolha precisa ser cuidadosa a partir do ambiente que o receberá. “Cada vez mais estamos abandonando a ideia do rejunte como um complemento inerente na aplicação dos revestimentos. Adotamos critérios que também são empregados para outros materiais, mas que podem garantir um resultado lindo e muito funcional”, detalha a arquiteta Erika Mello.

Para cozinhas, por exemplo, que concentram um volume expressivo de gordura por conta do preparo de alimentos, a recomendação é optar por superfícies lisas e com cantos retificados. Azulejos com texturas, e que necessitem de muito rejunte, demandarão uma manutenção mais complicada, gerando desconforto ao morador. Vale ainda considerar que peças muito pequenas requerem um volume maior de rejunte. No tocante aos banheiros, os profissionais do escritório esclarecem que a situação é bastante semelhante, pois o revestimento acumulam a gordura corporal combinada aos produtos de higiene. “Dessa forma, a especificação para o ambiente também requer critérios. Em nossos projetos, damos preferência às peças maiores, lisas e retificadas”, complementa Renato.

Composição – como combinar?

Não é necessário que o azulejo esteja 100% combinando com as demais cores eleitas para as paredes ou que apresente o mesmo tom do mobiliário. Segundo Renato, é ainda mais bacana a ‘brincadeira’ de tonalidades, principalmente quando o revestimento se realça no espaço.

Outra opção interessante, que é comumente realizada, se traduz na combinação de dois ou mais azulejos em um único ambiente. De acordo com a arquiteta Erika Mello, dependendo da escolha de revestimentos, a composição pode se tornar muito moderna. “Para tanto, dedicamos um olhar preciso aos contrastes provocados por esse mix de cores e texturas. A ajuda de um profissional habilitado faz-se essencial”, elenca.

Manutenção – como limpar?

As superfícies dos azulejos são preparadas para receber produtos de limpeza, facilitando o dia a dia dos moradores. Para o arquiteto Renato Andrade, o que pode tornar mais complicada esta manutenção, é o tamanho da peça e a quantidade de rejunte presentes para finalizar os acabamentos.

redacao@dc33.com.br