Eletrosmog, poluição das ondas eletromagnéticas do WiFi e GPS, afeta a pele. Devemos nos preocupar?

A poluição das ondas eletromagnéticas, pode envelhecer a pele precocemente, por meio da produção de radicais livres e inflamação. Em pacientes hipersensíveis a esse tipo de poluição, a pele ainda pode sofrer com erupções, prurido e vermelhidão

Eletrosmog, poluição das ondas eletromagnéticas do WiFi e GPS, afeta a pele. Devemos nos preocupar?Com nome extremamente complicado, o Eletrosmog é definido como a poluição das ondas eletromagnéticas das comunicações sem fio (antenas, WiFi, GPS) e está presente em quase todos os lugares. Atualmente, muitos estudos começam a desbravar os seus desdobramentos na pele. “Sabemos que, enquanto você assiste à TV, não só há ondas de luz visível na TV que atingem seus olhos e sua pele, mas também ondas de rádio, transmitidas de uma estação próxima, e micro-ondas transportando telefonemas e mensagens de texto, além de ondas do WiFi e GPS dos carros passando. Há um caos de ondas de todo o espectro passando pelo seu escritório ou sua casa agora mesmo”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Esse tipo de poluição causa vários sintomas no corpo (oftalmológico, respiratório, neurológico e cardíaco), principalmente em pacientes com hipersensibilidade eletromagnética, e na pele os principais sintomas são: erupção cutânea, prurido e vermelhidão.

Além da luz azul emitida por tablets, smartphones e computadores – que prejudica a pele e pode piorar as manchas – todos os anos, a quantidade e a natureza da poluição do rádio e das micro-ondas contidas neste Electrosmog aumentam. E isso é preocupante, pois mesmo as pessoas que não são hipersensíveis a essa poluição podem ter o tecido envelhecido precocemente, uma vez que o Eletrosmog promove a quebra do DNA celular e danos às proteínas da pele. “Como barreira de proteção, nossa pele é a primeira a ser afetada pelas ondas eletromagnéticas. Ao entrar em contato com nossa pele, elas também aceleram a produção de radicais livres, liberam mensageiros pró-inflamatórios e deixam o tecido mais susceptível a agressores ambientais, como a radiação ultravioleta e a poluição”, diz a Dra. Paola. Segundo estudos, no aumento de 40x no microscópio e após 6h de irradiação, a microscopia da epiderme humana reconstituída demonstrou que a irradiação com a radiação eletromagnética leva a uma descamação severa do estrato córneo.

A grande questão para enfrentar esse problema é hidratar e proteger a pele. Os ativos antioxidantes também são altamente necessários, pois agem como uma barreira de proteção para a pele. “Apesar desse tipo de poluição estar em todos os lugares e muitos pacientes acharem que não é possível se proteger dele, com a ajuda de produtos específicos prescritos pelo dermatologista, podemos evitar esse tipo de dano e fortalecer a barreira da pele, principalmente com o uso de agentes nutritivos e que melhoram a saúde da microbiota da pele”, diz a médica.

Segundo a farmacêutica Maria Eugenia Ayres, Gestora Técnica da Biotec Dermocosméticos, um ativo antioxidante que ajuda contra esse tipo de poluição é o ProShield MDC, um ativo 100% natural obtido do grão de café torrado. “Ele absorve o comprimento de onda da luz azul, UVA e UVB protegendo a pele dos danos, além de potencializar a ação do filtro fortalecendo o sistema antioxidante endógeno e melhorando a resiliência da pele”, afirma a farmacêutica. “O uso do filtro solar também é fundamental para evitar esse e outros danos na pele”, finaliza a médica.

FONTES:

*DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. http://www.drapaola.me/

*MARIA EUGENIA AYRES: Graduada em Farmácia Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz com Pós-Graduação em Farmacologia Clínica. Atua no Setor Magistral desde 2000 onde atualmente é Gestora Técnica da Biotec. CRF 33.424