Oração do Trabalhador

Paiva Netto

 Pelo ensejo do Dia do Trabalhador, comemorado em primeiro de maio, dedico aos operários da Terra e do Céu da Terra — já que os mortos não morrem — a “Oração do Trabalhador”, de autoria do nobre médico Dr. Bezerra de Menezes (1831-1900), Espírito, por intermédio da sensitiva Maria Cecília Paiva, constante do livro Veleiro de Luz:

“Senhor, nossos corações reunidos aos corações que oram e trabalham em Teu Nome entoam o cântico de amor e de felicidade que nos invade a Alma.

“Humildes trabalhadores de Tua Seara, somos ainda os pequeninos aprendizes do Teu Evangelho que nos esclarece para a longa jornada do infinito.

“Louvamos a Tua Grandeza que estende mãos generosas à nossa debilidade, amparando-nos para que possamos exercer o Divino Mandato que nos confiaste.

“Nós Te louvamos o nome sagrado que imprime em nossas vidas a força necessária para empunharmos a enxada do trabalhador consciente de sua responsabilidade.

“Nós Te agradecemos as bênçãos generosas que deixas em nossos caminhos como frutos sazonados do Teu Amor, ofertando-nos vitalidade maior.

“Nós Te suplicamos, Senhor, que não nos deixes viver ao som das trombetas da vaidade, ou ao som dos elogios fáceis.

“Sabemos, Divino Mestre, quão pequenos e frágeis somos e quão necessárias são as Tuas Bênçãos para o nosso fortalecimento.

“Reergue-nos, Senhor, quando fraquejarmos.

“Inspira-nos nos momentos difíceis.

“Ampara-nos hoje e sempre.

“Que os dias de trabalho que Te ofertamos sejam iluminados pelas Auras de Teus Anjos, a fim de que aqueles que se aproximarem de nós recebam a gota de orvalho que balsamiza e cura.

“Não nos deixes entregues ao orgulho que ainda vive em nosso íntimo e permite que, humildes trabalhadores de hoje, possamos prosseguir sempre, rumo aos mais altos planos, amando-Te e servindo sempre em Teu Nome.

“Anjo de Deus, envolve-nos na Tua Luz, e, estrada afora, cantaremos glórias ao Teu Nome para sempre!”

Belíssima oração! Faz bem à Alma. Espiritualidade Ecumênica é para isso: fazer bem ao nosso Espírito. Portanto, muito oportuna esta palavra do meu saudoso amigo ex-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) Austregésilo de Athayde (1898-1993): “A verdadeira religião ensina, orienta, edifica, porém não ameaça. A infinita bondade de Deus não pode ser clava mortal para os pecadores”.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

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