Sustentabilidade nos empreendimentos passa de tendência à realidade na construção civil

Sistemas de reuso da água, luzes de led para economizar energia e estrutura para painéis solares são alguns diferenciais adotado pelas construtoras

 

Economia financeira para os compradores e mais respeito ao meio ambiente. Esses são dois motivos apontados pelas construtoras para justificar a opção pela construção de imóveis sustentáveis.  Segundo especialistas no setor, a sustentabilidade passou de uma simples tendência à realidade no segmento da construção civil. O objetivo é garantir que antes, durante e após as construções, sejam feitas ações que reduzam os impactos ambientais nos canteiros de obras, potencializem a viabilidade econômica (tanto para quem constrói quanto para quem vai morar) e proporcionem uma boa qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.

De acordo com o diretor de operações da Realmarka Construções, Nelson Rodrigo da Silva, sustentabilidade gera perenidade. “A importância de sustentabilidade é máxima em todos os lugares e áreas, mas nos canteiros de obras buscamos, por exemplo, ter o uso de água reduzido em função de compra de produtos prontos, usinados que, além de controle tecnológicos para se atingir os padrões de qualidade requeridos e competitivos, tem menos desperdícios. O uso dessas cadeias de fornecimento aliadas à treinamentos das mãos-de-obra evita-se o desperdício. Ou seja, não ter desperdício gera menos consumo de matéria prima, menos resíduo, menor consumo de energia no canteiro”, exemplifica Rodrigo.

O uso consciente e reaproveitamento da água é um dos principais itens presentes nos projetos da Realmarka, que tem sede em Curitiba e empreendimentos na capital e Região Metropolitana.  “Temos em nossa essência a sustentabilidade, trazendo economia financeira para os clientes e benefícios para a natureza. Nos nossos projetos estão previstos sistemas de reuso de água para atendimento das áreas comuns, que posteriormente poderão ser utilizadas em outras situações, como limpeza de pisos e para regar jardins. O sistema funciona da seguinte forma: a água é captada através das calhas na cobertura e enviada para as caixas de reuso estrategicamente instaladas nos empreendimentos. No decorrer da obra optamos por técnicas e materiais que consomem menos água nos processos construtivos”, explica Rodrigo.

 

Luzes de Led, elevadores inteligentes e painéis solares

 

O consumo de energia durante a obra e o legado que é deixado nas edificações é outro motivo de atenção por parte da construtora. Nesse sentido, o uso de lâmpadas de LED é essencial, principalmente em relação ao custo benefício. Elas são 30% mais econômicas que as lâmpadas fluorescentes e 80% mais econômicas que as incandescentes, além de possuírem vida útil maior (até 25 mil horas). “A lâmpada que gasta menos energia é a que está apagada. Desta forma, além de utilizarmos lâmpadas em LED em nossas construções, existe ainda um sensor de presença nos corredores, que só acende com movimento e quando não há iluminação natural. Isso gera mais economia para os moradores”, explica o diretor de operações.

Ainda no âmbito de eficiência energética, Rodrigo informa que a construtora utiliza elevadores com inversor de frequência. “Além de maior conforto para os usuários (silêncio, suavidade, ausência de vibrações) esse tipo de elevador tem menor atrito de rodagem, por isso consomem menos. Essa é mais uma frente que abrimos nas possibilidades de eficiência energética”, conta Rodrigo, afirmando ainda que em seus empreendimentos, a Realmarka deixa pronta uma infraestrutura de preparação para instalar painéis solares, caso o condomínio decida por isso no futuro.

 

Horta e bicicletário nos condomínios

 

Até pouco tempo atrás, uma horta em um condomínio de apartamentos era uma coisa impensável. Hoje em dia, as coisas mudaram. Em um dos seus empreendimentos, o Pátio Pazienza, situado no Alto Boqueirão, a Realmarka implantou uma horta em um espaço comum do condomínio. Espaço ideal para quem gosta de ter sua plantação mesmo morando em um edifício. “Por ter um tamanho menor, a horta demanda menos agrotóxicos, podendo ser até 100% orgânica.  Ela leva à mesa dos moradores produtos frescos e colhidos na hora. Isso influencia também no consumo consciente, pois o morador utiliza aquilo que ele precisa para o momento”, afirma Nelson Rodrigo.

Além da horta, alguns empreendimentos da construtora contam também com bicicletário. Segundo o diretor de operações da Realmarka, o espaço pode dar novas perspectivas de mobilidade urbana aos moradores. “Vemos que alguns empreendimentos não possuem espaço para guardar bicicleta e isso acaba se tornando um impeditivo para o morador utilizar um transporte mais amigável com o meio ambiente. Em vários condomínios nossos, pensamos em levar praticidade e segurança para que o morador utilize sua bike a hora que quiser, sem se preocupar com espaço para guardá-la”, afirma.