Agosto Azul: cresce a obesidade entre os homens

Segundo endocrinologista do Pilar Hospital há duas causas para o problema: má alimentação e pouco gasto de energia

cresce a obesidade entre os homensO Agosto Azul é um mês voltado para a conscientização sobre a saúde do homem. E isso é ainda mais importante depois de longos meses de pandemia, home office e alterações na rotina de todos. Em 2018, mais da metade dos homens brasileiros estavam acima do peso. Em 2020, segundo pesquisa da Vigitel, os brasileiros atingiram o maior índice de obesidade dos últimos treze anos.

Por trás dos números há uma explicação. A médica Andressa Bornschein, endocrinologista do Pilar Hospital, aponta os fatores que levam à taxa tão alta de obesos no país, entre eles, um crescimento bastante expressivo de peso entre os homens.

Segundo ela, há duas causas para o problema: má alimentação e pouco gasto de energia. “Hoje tudo é feito pensando no conforto e isso engloba realizar atividades com o menor esforço possível. O resultado é o que chamamos de economia sem sentido, pois nosso organismo não sabe deixar de estocar os excessos de energia em forma de gordura”, explica a especialista.

A obesidade é um fator de risco bem estabelecido para as doenças cardiovasculares, alerta a médica. O peso em excesso causa pressão alta, colesterol elevado, diabetes, infarto e derrame. Além disso, completa Dra Andressa, há as dores crônicas associadas à sobrecarga das articulações das pernas e a baixa autoestima.

Homens acima do peso podem confirmar a obesidade numa visita ao médico. Os profissionais analisam o IMC (Índice de Massa Corporal) e a circunferência abdominal. Confirmado o problema, a primeira atitude a tomar é procurar se conhecer, indica a especialista. “Cada um tem um metabolismo diferente, reage de uma maneira específica a determinados exercícios e tem uma resposta diversa à ansiedade”, diz. A partir daí, o paciente deve seguir uma série de orientações, “como procurar acompanhamento nutricional para evitar calorias sem necessidade, mexer-se mais, voltar a ter uma rotina e planejamento alimentar, com horários das refeições, qualidade dos alimentos e quantidades de calorias a serem consumidas de acordo com cada caso e também equilibrar-se emocionalmente. Esses são fatores muito importantes para combater a obesidade e os problemas de saúde que a acompanha se não for tratada adequadamente”, diz a médica.