Klabin inicia operação da primeira máquina de papel do Projeto Puma II

Pioneira na produção do inovador Eukaliner®, o primeiro kraftliner do mundo feito 100% de eucalipto, a MP27 terá capacidade produtiva de 450 mil toneladas do produto

Klabin inicia operação da primeira máquina de papel do Projeto Puma IIMaior produtora e exportadora de papéis para embalagens e embalagens de papel do Brasil, a Klabin dá mais um passo importante em sua estratégia de crescimento com o startup da primeira máquina de papel (MP27) do Projeto Puma II, localizado em Ortigueira (PR), o maior investimento da história da Companhia. Com capacidade produtiva de 450 mil toneladas, a MP27 dá início à produção do Eukaliner®, o primeiro papel kraftliner do mundo feito 100% com fibras de eucalipto.

O Projeto Puma II é resultado do aporte de R$ 12,9 bilhões feito pela Klabin na construção de duas novas máquinas de papel até 2023, com produção de celulose integrada. Trata-se de um importante marco no ciclo de expansão pelo qual a Companhia vem passando e que reforça sua capacidade de crescimento sustentável aliado à tecnologia. “Buscamos o que há de mais moderno para, assim como feito na Unidade Puma, tornar o Puma II referência mundial em sustentabilidade, tecnologia e inovação, alinhados aos princípios da indústria 4.0 e com o objetivo de oferecer ao mercado produtos de alta qualidade, gerando valor à Companhia e à sociedade, sempre em sintonia com as melhores práticas de saúde, segurança e buscando o desenvolvimento das comunidades do nosso entorno”, afirma Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação e Sustentabilidade da Klabin.

Para se antecipar às transformações do mercado, potencializadas pelos novos hábitos e perfil de consumo, a Klabin aproveitou a diversidade de seus ativos florestais e aprofundou pesquisas que viabilizaram o desenvolvimento do Eukaliner®, produto patenteado pela Companhia e que já conta com 100% de sua produção vendida, sendo que 70% por meio de contratos já assinados, atendendo aos mercados interno e externo. “O Eukaliner® é o primeiro kraftliner do mundo feito exclusivamente a partir da fibra de eucalipto, um produto inédito e inovador que reúne uma série de diferenciais competitivos, entre eles uma estrutura mais robusta, permitindo a redução de gramatura das embalagens de Papelão Ondulado em até 10% com aumento de resistência, melhor qualidade de impressão e ainda atributos de sustentabilidade, já que utiliza menos recursos para produção do mesmo volume de papel”, explica Flávio Deganutti, diretor de Papéis da Klabin.

Paralelo ao início de operação da MP27, as obras para construção da segunda máquina de papel do Projeto Puma II, que tem o seu startup previsto para 2023, já foram iniciadas e seguem todos os protocolos de segurança e higiene exigidos pelo período. A MP28 terá como foco a produção de papel-cartão, com capacidade produtiva de 460 mil toneladas anuais e consolida a Klabin como produtora global de cartões para alimentos líquidos (leites e sucos) e alimentos industrializados (cereais, chocolates, pizzas, proteínas, etc.), produtos de higiene e limpeza (detergentes em pó, creme dental), cartão para embalagens multipack de latas e garrafas, além de cartões para o crescente segmento de food service, como copos e bandejas, dando sequência aos planos contínuos de crescimento e expansão da Companhia. A decisão pela máquina de papel-cartão foi anunciada em maio deste ano e considera uma profunda avaliação de tendências, oportunidades e condições de mercado. “O setor está num momento próspero e avaliamos que seguirá aquecido nos próximos anos, impulsionado pela busca por mais sustentabilidade. O cartão confere boas possibilidades para nosso negócio, que é integrado, diversificado e flexível. Também permite a associação com barreiras, que crescem fortemente como alternativa às embalagens plásticas de uso único”, afirma Deganutti.

Estratégia voltada para a sustentabilidade

O Projeto Puma II foi projetado para aliar produtividade ao menor impacto possível ao meio ambiente. Dentre as diversas iniciativas previstas para entrar em operação está a instalação de uma planta de ácido sulfúrico que tornará a unidade autossuficiente na produção do composto químico, utilizado no processo produtivo da celulose e do papel e que utilizará como matéria-prima gases coletados na fábrica. Outra importante iniciativa prevista é a instalação de uma Planta de Gaseificação de Biomassa, que fornecerá combustível renovável ao Forno de Cal, substituindo o uso de combustível de origem fóssil. Na unidade, também será instalado o Turbogerador 3 (TG-3), que tem a finalidade de transformar a energia térmica do vapor (produzido nas Caldeiras de Recuperação e Força, com base em biomassa) em energia elétrica.

“Entre os benefícios da adoção destas tecnologias está a ampliação da nossa matriz energética de fonte renovável e a redução das emissões de gases de efeito estufa. São ações cruciais para o combate às mudanças climáticas, tema de enorme relevância e que temos como premissa para este projeto e para os investimentos futuros da Companhia. As iniciativas são parte de um plano estratégico para o alcance de metas e compromissos ambiciosos assumidos pela Klabin”, completa Razzolini.

Maior investimento privado da história do Paraná

A Klabin possui grande representatividade no Paraná desde 1934, quando chegou para a construção da primeira fábrica integrada de celulose e papel do Brasil. Desde então, contribui ativamente para o desenvolvimento local. O município de Ortigueira, onde está instalada a Unidade Puma, por exemplo, registrou um crescimento econômico relevante nos últimos anos.

De acordo com o IBGE, em 2018 a cidade mais uma vez apresentou o maior crescimento do PIB na região, com aumento de 17,78%, chegando, pela primeira vez, à casa dos R$ 2 bilhões de reais (R$ 2,17 bilhões – oito vezes maior que no início da década, em 2010, quando o PIB somava R$ 247,67 milhões). As obras do Projeto Puma II, na mesma Unidade, contribuíram, até o momento, com R$ 198 milhões de massa salarial, uma média de aproximadamente R$ 8 milhões por mês.

Considerando os investimentos dos últimos 10 anos da Klabin no Paraná, os aportes totalizam mais de R$ 20 bilhões direcionados ao estado. Com relação à mão de obra, o Projeto Puma II gerou, até agora, mais de 21.300 empregos (diretos e indiretos). Na fase de construção, 76% dos trabalhadores eram paranaenses, sendo que mais da metade residia em Ortigueira (sede do empreendimento), Telêmaco Borba e Imbaú, e 14% de outros municípios do Estado. Destes, 76% foram ocupados por moradores dos Campos Gerais. Nos últimos anos, os cursos oferecidos pela empresa formaram 127 profissionais só na cidade de Ortigueira, sendo que mais de 80% foram contratados nas unidades operacionais da região. Para o início da produção de papel pela MP 27, a Klabin contratou 384 profissionais. Na área Florestal da Companhia houve a contratação de 75 colaboradores, entre colheita e logística, para atuar, principalmente, em Itararé, Itapeva e Ortigueira.

Para proporcionar a contratação de mais mão de obra local, a Klabin investiu em formação técnica. Foram realizados três cursos para as comunidades de Ortigueira e Telêmaco Borba: Técnico em Celulose e Papel, Técnico em Mecânica e uma atualização para técnicos já formados em Celulose e Papel. Ao todo, foram beneficiadas 127 pessoas. Até o momento, entre efetivados e em processo de admissão, o aproveitamento é de 80% para posições operacionais nas unidades Puma e Monte Alegre, da Klabin, em Ortigueira e Telêmaco Borba.

Na área de influência do Projeto Puma II, a Klabin desenvolve projetos sociais em 12 municípios – Ortigueira, Telêmaco Borba, Imbaú, Tibagi, Cândido de Abreu, Congonhinhas, Curiúva, Reserva, Rio Branco do Ivaí, Sapopema, São Jerônimo da Serra e Ventania. Nesses dois anos, foram investidos cerca de R$ 12 milhões em áreas como educação, agricultura familiar, apoio ao planejamento da gestão pública, resíduos sólidos, empreendedorismo, combate às violências infantil e contra a mulher.

O Projeto Puma II possui um robusto programa de Gestão de Riscos, aplicado a todas as empresas contratadas, voltado à prevenção a eventos adversos às obras e às operações da Unidade Puma. Esse gerenciamento contempla medidas tanto para reduzir as frequências, como minimizar as consequências desses eventos. Para prevenir, minimizar e gerenciar os impactos sociais, econômicos e ambientais das obras dos Projetos Puma I e Puma II, em Ortigueira, Telêmaco Borba e Imbaú, a Klabin criou, em 2013, e mantém em funcionamento o Comitê de Monitoramento Antrópico. Integrado por representantes municipais e estaduais das áreas de Ação Social, Educação, Saúde e Segurança Pública, o grupo realiza reuniões mensais, em que são analisados dados sobre uso dos equipamentos e serviços públicos, segurança, com objetivo de evitar impactos e realizar ações integradas.