O papel do nutricionista na prevenção e na assistência a tratamentos

(*) Alisson David Silva

No dia 31 de agosto é comemorado o Dia do Nutricionista, data que foi instituída pela Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN) e que sempre é oportunidade para destacar a relação da nutrição com tratamentos médicos. Mas antes de entrarmos no tratamento propriamente dito, temos que pensar na prevenção das doenças pela alimentação.

Sabemos que uma rotina com dieta equilibrada e exercícios seria o ideal para todas as pessoas. Porém, o que temos visto – principalmente em tempos de pandemia – são pessoas se alimentando exageradamente com opções que têm uma quantidade calórica alta. Por isso o papel do nutricionista é fundamental, para orientar as pessoas a melhorarem tanto na qualidade (visando ingerir alimentos in natura como vegetais e frutas que são ricos em vitaminas e minerais e contribuem para a prevenção de doenças) quanto na quantidade de alimentos (principalmente processados e ultraprocessados devem ser ingeridos de forma limitada).

Com relação ao tratamento de doenças, devemos primeiro preconizar que os alimentos não substituem os medicamentos, eles são auxiliares ao tratamento. Principalmente nos casos de doenças ligadas diretamente à alimentação. Por exemplo, o diabetes tipo 2, está relacionado ao consumo excessivo de carboidratos. Por mais que a pessoa esteja consumindo os medicamentos, ela deve consultar um nutricionista e adequar a sua alimentação a fim de potencializar o seu tratamento. Caso contrário, a tendência é que o paciente passe a utilizar dosagens maiores dos medicamentos para controlar a questão da glicose.

Esse é apenas um exemplo que reforça a importância do nutricionista, mas temos diversos outros como colesterol, hipertensão e obesidade (os mais comuns). Entender nossa atuação pode levar as pessoas a buscarem, cada vez mais, um profissional qualificado e realizarem os ajustes e mudanças na sua alimentação.

Cuidar do que comer, principalmente se tratando da prevenção de doenças, serve para não precisar ter que fazer restrições daquilo que se gosta por conta de uma doença ou para que precise viver aliado a medicamentos pelo resto da vida.

(*) Alisson David Silva é professor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional UNINTER