Você não leu errado. O gutural é uma técnica de distorção vocal. E esse conceito desmistifica uma das maiores incoerências em relação ao assunto: achar que é a mesma coisa que gritar. Gritar por gritar, sem preparo algum, causa perda da voz ou lesão nas cordas vocais. A vocalista e coach vocal Tati Klingel passou os últimos oito anos estudando  e ensinando essa técnica, criando o projeto “A Arte de Berrar”,  e se tornando uma referência no ensino do vocal gutural no Brasil.

Mesmo que a metodologia desenvolvida por ela se chame “A Arte de Berrar”, é muito diferente de gritar. “Quem não está familiarizado com técnicas voltadas para distorções vocais pode pensar que gutural é a mesma coisa que grito. Porém, é preciso entender que se tratam de duas ações completamente diferentes. Com a técnica apropriada é possível usar distorções vocais de forma saudável e, sobretudo, sustentável ao longo dos anos”, afirma. Feito corretamente, esse tipo de vocal não irá machucar a garganta ou causar lesões.

Comumente associado às vertentes mais extremas do metal, o gutural tem se  popularizado, com inúmeras bandas que mesclam diversas técnicas de canto. Isso desperta a curiosidade nos ouvintes que querem aprender mais sobre essa maneira agressiva de expressão artística. “Nos últimos anos tenho observado um aumento muito grande pela procura de conhecimento em relação às distorções vocais. Quando  comecei a cantar gutural, 18 anos atrás, poucas pessoas no mundo, e menos ainda no Brasil,  afirmavam que era possível cantar gutural de forma saudável usando técnicas específicas. É muito bom ver como isso tem mudado e continua mudando”.

A pergunta que não quer calar:  todo mundo pode aprender a cantar dessa forma? Assim como nas demais técnicas vocais, a resposta é sim. Para isso, é necessário buscar profissionais qualificados. Tati Klingel afirma que no canto a respiração é muito importante: “Para cantar usamos o corpo todo, e principalmente nossa respiração. Cantar é respirar, e nos guturais, drives e scream, o controle de fluxo de ar é fundamental. Antes de aprender qualquer timbre de voz, é essencial fazer exercícios específicos para coordenação da respiração e fortalecimento. É importante tornar sua respiração consciente”.

Conheça mais sobre o trabalho de Tati Klingel:

A carreira de Tati Klingel como vocalista de metal extremo começou quando integrou o Diagora, grupo de tributo ao Arch Enemy. Atualmente,  a cantora, que cursa música na UFPR,  integra a Hokmoth, promessa do black metal brasileiro e a Divine Pain, banda de death metal multiestadual.

Tati ministra aulas de vocal há oito anos, com o projeto A Arte de Berrar, se tornando uma referência nacional sobre as técnicas de canto gutural. Além do acompanhamento dos aprendizes na parte musical, Tati presta assessoria para o crescimento dos alunos como artistas em cima do palco.

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Foto: Melissa Giowanella