Micro e Pequenas Empresas ainda sentem os efeitos da pandemia

Inflação é um dos entraves para que micro e pequenas empresas reajam à crise

Micro e Pequenas Empresas ainda sentem os efeitos da pandemiaAos poucos, o comércio retoma os seus horários normais de funcionamento e os consumidores voltam às lojas. Essas são algumas das consequências da bandeira amarela, no Paraná, por exemplo, que fizeram com que no segundo semestre os comerciantes ficassem mais otimistas, de acordo com pesquisa realizada pelo Grupo Datacenso, no início do segundo semestre de 2021. Porém, reajustes de insumos, energia elétrica, combustível e aluguel têm contribuído para a lucratividade diminuir, dificultando uma retomada frente à crise. 

Em pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas, observou-se que em setembro, a preocupação com a alta dos custos de produção ficou mais evidente. Seis em cada dez micro e pequenas empresas disseram que se sentem pressionadas pelo aumento de preços e pelos efeitos da inflação. 

De acordo com o CEO do Grupo Datacenso, Claudio Shimoyama, esses dados podem ser revertidos se forem tomadas estratégias assertivas de marketing. “Esse é o momento de apostar na comunicação mais humanizada e próxima dos clientes. Entender as suas demandas e estabelecer um relacionamento de proximidade e empatia é fundamental em momentos como esse”, destaca.

Poucas são as empresas que conseguiram retomar o faturamento. Os setores menos impactados pela pandemia foram os comércios de alimentos, logística, negócios pet, oficinas e peças, construção, indústria de base tecnológica, educação, saúde e bem-estar e serviços empresariais.

O Presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais de Paranaguá, Marcelo Dias, frisa que ações voltadas ao aumento nas vendas já estão sendo aplicadas e trazendo resultados para a região. “A educação financeira, a entrada na era da digitalização do negócio e as vendas pelo e-commerce foram algumas das estratégias adotadas pelas Micro, Pequenas Empresas e Microempreendedores Individuais para sobreviver nesse período”, pontua Dias. 

Em uma crise, fica evidente que os pequenos negócios são os primeiros a serem prejudicados, mas também são os primeiros a reerguerem, principalmente pela sua estrutura mais enxuta. “Essa característica é um trunfo que deve ser usado pelo micro e pequeno empresário. É uma chave importante para a retomada”, finaliza Shimoyama. (Suziê Marçal)