Inflação é um dos entraves para que micro e pequenas empresas reajam à crise
Em pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas, observou-se que em setembro, a preocupação com a alta dos custos de produção ficou mais evidente. Seis em cada dez micro e pequenas empresas disseram que se sentem pressionadas pelo aumento de preços e pelos efeitos da inflação.
De acordo com o CEO do Grupo Datacenso, Claudio Shimoyama, esses dados podem ser revertidos se forem tomadas estratégias assertivas de marketing. “Esse é o momento de apostar na comunicação mais humanizada e próxima dos clientes. Entender as suas demandas e estabelecer um relacionamento de proximidade e empatia é fundamental em momentos como esse”, destaca.
Poucas são as empresas que conseguiram retomar o faturamento. Os setores menos impactados pela pandemia foram os comércios de alimentos, logística, negócios pet, oficinas e peças, construção, indústria de base tecnológica, educação, saúde e bem-estar e serviços empresariais.
O Presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais de Paranaguá, Marcelo Dias, frisa que ações voltadas ao aumento nas vendas já estão sendo aplicadas e trazendo resultados para a região. “A educação financeira, a entrada na era da digitalização do negócio e as vendas pelo e-commerce foram algumas das estratégias adotadas pelas Micro, Pequenas Empresas e Microempreendedores Individuais para sobreviver nesse período”, pontua Dias.
Em uma crise, fica evidente que os pequenos negócios são os primeiros a serem prejudicados, mas também são os primeiros a reerguerem, principalmente pela sua estrutura mais enxuta. “Essa característica é um trunfo que deve ser usado pelo micro e pequeno empresário. É uma chave importante para a retomada”, finaliza Shimoyama. (Suziê Marçal)