“O trauma torácico é responsável por um quarto de todas as lesões traumáticas que a gente vê nos hospitais. Nos Estados Unidos, a gente observa que 35% das mortes em decorrência de politraumatismos estão associadas ao tórax”, avalia o médico Elias Ribeiro, especialista em cirurgia torácica. A atuação dele em Londrina, nos principais centros cirúrgicos da cidade, já testemunhou diferentes tipos de lesões, das mais leves às mais graves. “Na hora em que um paciente chega, trazido pela ambulância, é preciso pensar rápido para salvar a vida dele.”
Entre os procedimentos realizados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é possível drenar o tórax (no caso do pneumotórax), aplicar uma assistência ventilatória, realizar uma punção descompressiva, fazer analgesia, receitar fisioterapia respiratória ou, em casos mais graves, intubar, quando há insuficiência respiratória, além de realizar uma toracotomia (quando existem ferimentos muito penetrantes) e procedimentos cirúrgicos. “Tudo vai depender da gravidade do paciente, do tipo de lesão, da profundidade e do risco de ter atingido e comprometidos outros órgãos”, avalia o especialista.
A lesão no tórax pode ocasionar outros tipos de problemas, prejudicando, por exemplo, o abdômen, a circulação, entre outros aspectos do organismo. “Independentemente de que trauma torácico ocorreu, a lesão deve ser tratada de forma imediata. É sempre um atendimento de emergência. Por isso, deve-se encaminhar o paciente na hora para o hospital, para que o especialista avalie o melhor procedimento a ser realizado, ressalta Elias.
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