Implante dentário, mitos e verdades sobre um procedimento que vai muito além da estética

A falta de dentição pode prejudicar funções como a mastigação, interferir na qualidade do sono, alterar a mordida, entre outros problemas de saúde. E mais do que isso, a falta de dentição também mexe com o psicológico, afetando a auto-estima, além de comprometer a nossa imagem pessoal e profissional.

Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, do Ministério da Saúde, aponta que aos 28 anos de idade os brasileiros já perderam em média 5 dos 32 dentes. E à medida que a idade avança, as perdas também evoluem. Aos 42 anos chegam a 35% e entre a população de 50 anos a 50%.
Estima-se que 11% da população brasileira, ou seja, 16 milhões de pessoas, não possuem nenhum dente. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda de acordo com o IBGE, cerca de 32 milhões de pessoas já fizeram implantes no país. Um número significativo, mas que poderia ser muito maior, caso não fossem os mitos que cercam o assunto.

A cirurgiã dentista Flávia Mendes, responsável técnica da Oral Unic de Colombo, lembra que quando a perda é na frente a pessoa tende a procurar um dentista rapidamente. “Mas, quando é na região posterior, por não interferir na estética, muitas pessoas adiam a colocação das próteses”, avalia.

O problema é que a perda dos dentes posteriores vai além da estética e pode causar muitos danos à saúde. “As falhas podem alterar a mordida e provocar uma movimentação dentária, gerar dificuldades para a pessoa se alimentar e falar, e em alguns casos prejudicar a nutrição”, alerta.

A cirurgiã dentista avalia que é preciso desmistificar algumas questões relacionadas ao implante, como a dor durante o processo, a falta de adaptação da prótese e até mesmo os valores cobrados. “Hoje em dia as técnicas estão muito avançadas e acessíveis. Todo o procedimento é acompanhado por uma equipe profissional multidisciplinar. Dos exames à prótese, a Oral Unic oferece tudo num mesmo lugar. Um benefício para os nossos pacientes que, em tempos de Covid, não precisam se locomover para vários lugares para fazer todo o tratamento”, informa.
A seguir, a cirurgiã-dentista Flávia Mendes esclarece alguns mitos e verdades sobre implantes. Confira!

1. Qualquer dentista pode colocar implante dentário.
Mito. Apenas os dentistas com Pós-Graduação em Implantodontia, os implantodontistas, é que estão aptos a realizar tal procedimento.

2. Implantes são mais indicados para idosos.
Mito. Adultos de todas as idades podem fazer uso de implante dentário, desde que estejam com a saúde bucal e sistêmica sob controle e o crescimento ósseo tenha cessado por completo. Ou seja, não é indicado para crianças.

3. Não se pode fazer implante dentário em gengivas que estejam doentes (inflamadas, gengivite).
Verdade. A saúde bucal deve estar em dia e isso significa estar com dentes e gengivas absolutamente saudáveis.

4. Quem tem diabetes ou problemas cardíacos pode receber um implante.
Verdade. Para tanto, os pacientes devem estar em acompanhamento médico e com a doença controlada. Ou seja, com os exames em ordem.

5. É possível extrair o dente e instalar o implante na mesma cirurgia.
Verdade. Quem definirá essa possibilidade será o implantodontista. É ele quem faz a avaliação.

6. O implante pode ser rejeitado pelo organismo.
Mito. O titânio, material do implante, integra-se ao osso facilmente. Casos de insucesso são raros, mas quando ocorrem estão associados a problemas na cirurgia, no pós-operatório, na qualidade do osso ou a problemas mecânicos relacionados à prótese.

7. Por ser um dente artificial, não preciso higienizar.
Mito. A saúde bucal deve estar em dia sempre. Por estar instalado na gengiva e no osso, a higienização é ainda mais fundamental no caso do implante.

8. Posso me alimentar normalmente.
Verdade. Esse é o objetivo, devolver a função mastigatória. É claro que logo após a cirurgia, algumas restrições alimentares serão necessárias para garantir uma boa cicatrização, mas elas serão temporárias. Seu implantodontista passará as devidas orientações.

9. É possível continuar com o hábito de fumar.
Mito. Apesar de não ser um fator que contraindique a colocação do implante, taxas de insucesso são comuns em pacientes fumantes, uma vez que a cicatrização nesses casos é mais lenta. Portanto, o ideal é que o hábito seja deixado de lado.

10. Não se faz corte em gengiva para instalar o implante.
Mito. De fato existe uma técnica atual em que o implante pode ser colocado sem corte, porém ela não pode ser aplicada em todos os casos. A maioria dos pacientes passa por cirurgia com corte.

11. Após perder o dente, quanto antes se fizer o implante, melhor.
Verdade. Com o passar dos meses, ao perder um dente, o osso sem função acaba atrofiando (perdendo espessura e altura) em função de um processo fisiológico de reabsorção óssea que ocorre no local. Quando isso acontece, para devolver a qualidade óssea e instalar o implante, é preciso fazer outra cirurgia para enxerto ósseo.

12. Pacientes que não possuem muito osso podem receber implante.
Verdade. Tal como no caso acima, o implante é possível graças à colocação de enxerto ósseo. O enxerto tem como objetivo devolver espessura e, consequentemente, um bom leito receptor para os implantes.

O que são os implantes dentários?
Os implantes dentários são “postes” ou estruturas de metal colocadas cirurgicamente no osso maxilar abaixo das gengivas. Uma vez no lugar, eles permitem que o cirurgião-dentista monte os dentes substitutos sobre eles.

Como os implantes se fundem na mandíbula, eles fornecem suporte estável para dentes artificiais. Dentaduras e saltadores montados nos implantes não se movimentarão na boca, um benefício especialmente importante para comer e conversar.

Este encaixe seguro dão as dentaduras e pontes, bem como às coroas individuais colocadas nos implantes, uma aparência mais natural do que as pontes ou próteses convencionais.

Para algumas pessoas, pontes e próteses comuns simplesmente não são confortáveis ou mesmo possíveis, devido a pontos doloridos, má formação de cumeeiras ou arqueamento.