Santander lança fundo de BDR de ETF com aporte inicial de R$ 100

O FIA Ações Globais Reais BDR ETF Nível I terá gestão ativa e vai investir seus recursos em diversos índices globais

Em momentos de volatilidade do mercado acionário doméstico – o Ibovespa acumula queda de 13% ao ano até outubro – é comum os investidores buscarem outras fontes de retorno não relacionadas aos riscos locais. E, para proporcionar acesso ao mercado global, a Santander Asset Management lançou hoje um fundo BDR de ETF, o Ações Globais Reais BDR ETF Nível I.

Voltada a todos os tipos de investidores, a carteira aceita aplicação mínima de R$ 100 e tem como benchmark superar o MSCI ACWI, referencial que reúne diversos índices globais como o S&P 500, Core MSCI Mercados Emergentes, MSCI AC Ásia Ex Japão, MSCI Japão e MSCI Zona do Euro. No ano passado, o MSCI ACWI acumulou ganho de 14,34% e, este ano (até outubro) registra alta de 16,73%.

“O investidor local está percebendo a necessidade de diversificação. O Santander já possui vasta experiência na gestão de ativos globais e conta com especialistas sediados em diversas localidades que participam ativamente no processo de investimento em busca das melhores alternativas de investimento no mundo. Com isso, decidimos lançar um fundo de BDR para aproveitar essa expertise e oferecer aos clientes uma solução de investimento local com acesso aos mercados de ações globais”, afirma Renato Santaniello, Head de Soluções de Investimentos e Multimercados da Santander Asset Management.

Um diferencial é que boa parte dos recursos do fundo terá uma gestão ativa, o que significa que buscará alocar os recursos em diversos BDRs de ETFs setoriais que reúnem ações de empresas de tecnologia, de biotecnologia, aeroespacial e com elevado índice de sustentabilidade ambiental, de governança e social, entre outros. “E conta com a proteção do investimento à variação do câmbio, ou seja, a rentabilidade do fundo não será afetada pela variação da moeda”, afirma Santaniello.

Como funcionam os BDR de ETF

O BDR (Brazilian Depositary Receipts, em inglês) é um recibo de depósito, transacionado na bolsa de valores de São Paulo e que reflete o retorno de um ativo global. Os BDRs de ETFs são valores mobiliários com lastro em cotas de ETFs (fundos de índices) emitidos no exterior. A alocação neste tipo de fundo simplifica o acesso ao investimento, sem necessidade de enviar recursos ao exterior, o que também facilita o tratamento tributário para o investidor.

O mercado de BDR no Brasil segue crescendo e hoje conta com mais de 800 opções de investimento, seja em empresas globais ou índices que refletem o retorno de mercados e regiões específicas. Os BDRs de ETF começaram a ser negociados na B3 em novembro do ano passado e, até setembro deste ano, o volume acumulado é de R$ 7,9 bilhões.

O Ações Globais Reais BDR ETF Nível I do Santander cobrará 1% de taxa de administração anual e 10% de taxa de performance sobre o que exceder o MSCI ACWI.  Por se tratar de um fundo de ações, não tem incidência de come cotas e tem liquidez de 3 dias úteis. “O que é bem favorável se o cliente eventualmente precisar de um resgate em um prazo curto de tempo”, aponta o executivo.