Superávit da balança comercial sobe 56,7% e chega a US$ 2,33 bilhões no ano

Dados da Secex até a terceira semana de fevereiro mostram corrente de comércio de US$ 68,41 bilhões, em alta de 21,7%, com US$ 35,37 bilhões em exportações e US$ 33,04 bilhões em importações

A balança comercial brasileira atingiu superávit de US$ 2,33 bilhões no acumulado do ano, até a terceira semana de fevereiro, com alta de 56,7% pela média diária, sobre o período de janeiro a fevereiro de 2021. Já a corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 68,41 bilhões, com crescimento de 21,7%.

As exportações em 2022 já somam US$ 35,37 bilhões, com aumento de 22,6%, enquanto as importações subiram 20,8% e totalizam US$ 33,04 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21/2) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

No acumulado do mês, as exportações cresceram 23,6% e somaram US$ 15,74 bilhões, enquanto as importações subiram 16,6% e totalizaram US$ 13,19 bilhões. Dessa forma, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,55 bilhões, e a corrente de comércio alcançou US$ 28,93 bilhões, subindo 20,3%.

Apenas na terceira semana de fevereiro, as exportações somaram US$ 5,506 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 4,669 bilhões, resultando em um superávit de US$ 837 milhões. A corrente de comércio foi de US$ 10,174 bilhões.

Veja os principais resultados da balança

Exportações no mês

Nas exportações, comparadas a média diária até a terceira semana deste mês (US$ 1,124 bilhão) com a de fevereiro de 2021 (US$ 909,74 milhões), houve crescimento de 23,6%, com aumento nas vendas da Indústria Extrativista (+7,3%), dos produtos da Indústria de Transformação (+20,8%) e da Agropecuária (+73,3%).

Na Indústria Extrativista, os destaques foram as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+77,8%); minérios de cobre e seus concentrados (+59%); outros minerais em bruto (+125,7%) e pedra, areia e cascalho (+410,2%).

Já na Indústria de Transformação, o crescimento foi puxado pelas vendas de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+251,5%); carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+70,4%); produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, ou revestidos (+656,8%); celulose (+29,5%) e farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (+14,8%).

Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações refletiu, principalmente, o crescimento nas vendas de soja (+108,2%); café não torrado (+79,9%); trigo e centeio, não moídos (+775%); milho não moído, exceto milho doce (+19,8%) e madeira em bruto (+99,6%).

Importações no mês

Nas importações, a média diária até a terceira semana de fevereiro de 2022 (US$ 942,13 milhões) ficou 16,6% acima da média de fevereiro do ano passado (US$ 807,73 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras de produtos da Indústria de Transformação (+14%) e da Indústria Extrativista (+116,6%). Por outro lado, caíram as compras em Agropecuária (-13,9%).

Na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+113,5%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+52,9%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+50,1%); compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (+59,8%) e caldeiras de geradores de vapor, caldeiras de água sobreaquecida, aparelhos auxiliares e suas partes (+29.442,9%).

Por fim, na Indústria Extrativista a alta nas importações se deve, principalmente, à compra de gás natural, liquefeito ou não (+206,6%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+102%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+120,2%); outros minerais em bruto (+34,9%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (+2,1%).

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