Diego Gianni lança livro infantil “A Arte de Colorir o Vazio”

(fotos: Cla Ribeiro)

                     Violeta não enxerga, mas consegue ouvir as cores e todas as suas contradições. Este é o enredo antirracista do lançamento infantil “A Arte de Colorir o Vazio”, do roteirista e escritor Diego Gianni. O lúdico universo de “Violeta” foi inspirado na infância da esposa do autor, um relato delicado do tempo sobre o encontro com o afeto.

Capa do livro

A obra foi escrita há quatro anos como um presente de escuta ao seu amor, e agora foi adaptada para que pudesse alcançar outras crianças e adultos. O lançamento acontece pela Editora Viseu.  Com narração em versos livres, o livro remete a algumas memórias a respeito das vivências, embaraços e inseguranças da infância de uma menina negra. É um livro sem “vilões” ou lições de moralismo, que simplesmente conta a história de uma menina que conversa com as cores enquanto tenta compreender o mundo.  “E o mundo não é pintado como um lugar bonito onde cada criatura está destinada a ser feliz para sempre, tampouco desprovido de momentos felizes… O mundo é o que é”, comenta o autor Diego Gianni.

CRIANÇAS E ADULTOS

O modo como o escritor encontrou de escrever partes desse relato (tão distante de sua realidade) foi fazer do “Tempo” o narrador da história, sendo o Tempo um ser intangível que não tem a função de julgar ou compreender o que acontece no mundo. O Tempo “apenas passa”, embora nesta narrativa possamos sentir que ele tem um carinho um tanto parcial pela protagonista.

                   “A Arte de Colorir o Vazio” é um livro feito para crianças, pois o mundo será um quadro mais bonito quando as pessoas compreenderem que a vida é feita de muitas cores. E é também para os adultos, pela mesma razão.

QUEM É DIEGO

No gênero infantil, o autor também neste ano assina o roteiro de um curta-metragem chamado “Adam”, cuja história se passa em um orfanato de “crianças imaginárias”. O livro já está disponível no site da Editora Viseu.

                        Diego Gianni nasceu em 1982, em São Paulo. É formado em jornalismo, mas prefere o mundo da ficção que a realidade. É autor de crônicas, peças teatrais e roteiros de cinema. No ano de 2020, foi premiado no concurso “Outras Palavras” da Secretaria Estadual de Cultura (SEEC), com uma coletânea de crônicas.