Millpar reaproveita 100% dos subprodutos gerados no beneficiamento da madeira

Companhia utiliza desde a casca da árvore ao pó resultante do lixamento de produtos – biomassa vira fonte de energia e insumo para diferentes setores

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A Millpar, uma empresa 100% brasileira que exporta para 9 países a partir de suas unidades no Paraná, opera com aproveitamento total dos subprodutos gerados pela indústria, valorizando um ciclo sustentável em toda sua cadeia. Tudo o que sobra da fabricação de molduras, guarnições e outros produtos em madeira é reaproveitado, especialmente para geração de energia térmica e elétrica, produção de chapas de MDP e Papel e Celulose.

A casca da árvore que passa pela serraria se torna substrato para uso na agricultura e jardinagem e até na decoração. A serragem vira pellets. Os cavacos que sobram da madeira processada são usados para geração térmica, pela indústria de chapas e de papel e celulose. Pequenas lascas de madeira (maravalha) são usadas nos aviários como cama para aves. Até o micro pó gerado no lixamento tem utilidade: vira combustível para queimadores na indústria cerâmica.

A biomassa é usada para geração de energia térmica na própria empresa para uso em seus processos produtivos e comercializada para dezenas de clientes, nos mais diversos setores. Além de sustentável, a utilização dos subprodutos para geração de energia, como pellets, é ambientalmente correta e economicamente rentável – um mercado que deve crescer substancialmente no Brasil em substituição a combustíveis fósseis.

“No Brasil, a demanda aumenta ano a ano como forma de redução de custos empresariais. A Millpar foi, de certa forma, pioneira e estimuladora deste mercado há cerca de 10 anos, e com ainda mais força há cerca de cinco anos, na avicultura e na rede hoteleira”, ressalta Gian Carlo Marodin, diretor comercial da Companhia.

Com fábricas em Guarapuava e Quedas do Iguaçu, a Millpar conta com um ciclo de produção onde nada é perdido, e feito com madeira de reflorestamento certificada. Além de sustentável, a geração de energia com pellets ganhou no Brasil, neste ano, uma normatização da ABNT, e o os custos da energia convencional e de origem fóssil, como gás e diesel, estão levando diferentes empresas a buscarem alternativas mais viáveis.

“Em abril passamos a contar com uma norma técnica da ABNT padronizando e certificando a qualidade de pellets, o que é um grande estímulo à ampliação dessa fonte de geração de energia térmica”, explica o executivo.

Hotéis, academias e pizzarias ampliam uso de biomassa

A biomassa como fonte de energia é uma solução cada vez mais procurada, por exemplo, pela rede hoteleira a academias, passando pelo setor de cerâmica e até pizzarias. Essa tendência faz com que se torne um mercado em expansão, com demanda cada vez maior por essas biomassas como fonte de energia para fornos, caldeiras e queimadores utilizados na produção de telhas e tijolos, por exemplo.

Apesar de o pellet ter uma capacidade de geração de energia de 4.500kcal/kg ante 9.000kcal/kg no gás, o preço do produto equivale a aproximadamente 25% do preço do gás, explica o diretor comercial da Millpar. Assim, o uso de pellets e outras biomassas oriundas de florestas plantadas vem ganhando o território nacional.

Inicialmente, a empresa fomentou o uso da biomassa em suas próprias operações e depois teve boa adesão do setor avícola, que precisa de aquecimento constante nos aviários durante o inverno. Posteriormente, aumentou o uso pela rede hoteleira. O investimento em caldeiras, por hotéis e escolas de natação, para aquecimento de água dos chuveiros e piscinas, é rapidamente pago com a redução no uso de gás ou diesel. No setor de gastronomia, pizzarias tem se apresentado como novas adeptas de pellets para aquecimento dos fornos e com ganho de qualidade no sabor.