Hipertensão e diabetes são fatores de risco para trombose ocular. Saiba como identificar a doença, fortemente ligada à cegueira

Se não tratada, o bloqueiro do fluxo de sangue provocado pela trombose ocular pode desencadear edema, hemorragia, inflamação na retina e isquemias, além do descolamento da retina

Hipertensão e diabetes são fatores de risco para trombose ocular. Saiba como identificar a doença, fortemente ligada à cegueira

A trombose ocular é uma disfunção caracterizada pelo aparecimento de um coágulo. Uma vez presente, essa estrutura compromete a circulação de sangue na região da retina. O bloqueio do fluxo de sangue pode desencadear edema, hemorragia, inflamação na retina e isquemia, que é a interrupção da irrigação do sangue. Além disso, também pode acontecer o descolamento da retina, que é relativo a vários fatores.

Vale destacar que a trombose ocular é uma das principais causas da cegueira. Portanto, é fundamental saber identificar os primeiros sintomas e realizar o tratamento correto para evitar danos irreversíveis.

Tipos de trombose ocular

O primeiro deles se chama oclusão de ramo da veia central da retina (ORVR), ocasionado pela obstrução da passagem de sangue em um ramo, segmento da veia. O ORVR é menos agressivo se comparado com o segundo tipo. Afinal, o fluxo sanguíneo não é comprometido por completo.

Já a oclusão da veia central da retina (OVCR), que geralmente surge somente em um olho, é mais comum em pessoas a partir de 60 anos com glaucoma, hipermetropia, diabetes, hipertensão, vasos inflamados ou doenças no sangue, como anemia e anemia falciforme.

Fatores de risco

Por se tratar de uma doença multifatorial, não existe apenas uma única causa para a formação da trombose ocular. Ou seja, diversos fatores podem desencadear a aparição do coágulo. Dentre os fatores responsáveis por promover alterações nos vasos, doenças cardíacas, consumo de tabaco, hipertensão e diabetes estão entre os principais.

Assim como, quadro inflamatórios e infecciosos, colesterol alto e glaucoma, problemas na circulação do sangue e ter mais de 65 anos. No entanto, a alteração não é restrita apenas aos cidadãos da terceira idade ou com alguma enfermidade, ela pode acometer indivíduos saudáveis de todas as faixas etárias.

Sinais e sintomas

Um dos principais sintomas é a piora da visão no olho direito ou no esquerdo, que pode ser facilmente percebida pelo paciente. Enquanto isso, pacientes com ORVR sofrem com alterações no campo visual ou pequenas falhas na visão.

Manchas na visão e a perda gradual dela são outros sintomas. A visão turva, que também é um dos sintomas de catarata, pode ter relação com a trombose ocular.As manchas são consequência do bloqueio de um dos ramos. Já a obstrução da veia central resulta na perda inesperada da visão.

O que fazer?

Ao perceber qualquer um dos sintomas e sinais citados anteriormente, o paciente deve marcar uma consulta com o oftalmologista. Adiar a ida ao consultório pode trazer graves consequências irreversíveis à visão.

Para que o oftalmo consiga constatar a existência de trombose ocular, o paciente deve fazer o mapeamento de retina e tomografia de coerência óptica. O mapeamento, por sua vez, serve para a avaliação das estruturas do olho e do seu fundo.

Se apenas um exame não for o bastante para um diagnóstico preciso, o médico deverá solicitar a tomografia. Em linhas gerais, ela permite a visualização detalhada do nervo óptico e da retina.

Tratamento

Como já dito, a falta de tratamento tende a causar danos irreversíveis, como a cegueira, desencadeada pela trombose em estágio avançado. Desse modo, o tratamento não pode ser ignorado, deve ser seguido à risca.

Em casos graves, o oftalmologista será obrigado a realizar uma cirurgia, que é recomendada se houver hemorragia na cavidade vítrea. Caso contrário, em quadros de menor complexidade, a injeção intraocular ou a fotocoagulação a laser são dois tratamentos efetivos.

Consequências da falta de tratamento

Sem o acompanhamento de um profissional e o tratamento adequado, o paciente pode desenvolver isquemia, responsável por inibir a vascularização da retina. Com isso, existe a possibilidade da aparição de um glaucoma secundário, promovendo a elevação da pressão do olho.

O descolamento da retina e a hemorragia vítrea caracterizam quadros graves. Nesse estágio, o paciente começa a perder a visão de forma gradativa até ficar totalmente cego. Por isso, visitas periódicas ao oftalmologista, como maneira de prevenção, é o melhor método para inibir a trombose ocular.