Na virada da última década, o mundo web adotou tecnologias como realidade aumentada, inteligência artificial e 5G de tal maneira que ser dono de uma loja online passou a ser questão de sobrevivência para muitos negócios.
Na pandemia, o Brasil testemunhou seu e-commerce atingindo patamares de faturamento recorde em 2021, ultrapassando R$ 161 bilhões, um crescimento de 26,9% em relação ao ano anterior. Só o número de pedidos online aumentou 16,9% para mais de 353 milhões de entregas, de acordo com estudo da Neotrust, especializada em análises e monitoramento desta modalidade de vendas.
Com valor médio por compra aumentando 8,6% em relação ao período anterior, com vendas girando em torno de R$ 455 na média, o e-commerce já está preparado para aumentar sua fatia em 2023.
Avanços nunca param
Para Keslen de Andrade Deléo, Consultora de Tecnologia do Farol do E-commerce, o comércio eletrônico se transforma e avança sem descanso: “As novidades não param de surgir para alcançar uma melhor experiência de compras com aumento na conversão”.
Para a especialista, toda loja virtual precisa ficar atenta com ferramentas e soluções que estão surgindo agora e que serão fundamentais para 2023. Adotar tendências será a chave para que dentro de dois anos o mercado de vendas online chegue na casa dos 6,5 bilhões de dólares em todo o mundo:
“O mercado caminha para que em 2025 as lojas online sejam responsáveis por 25% do total de vendas no setor de varejo e as lojas online precisam começar agora a adotar certas tecnologias para chegar com tudo nesta fatia que se desenha no médio prazo”.
01 – Realidade aumentada
Diversos estudos apontam que o mundo terá aumento de até 71% nas vendas do e-commerce justamente pela implementação da realidade aumentada nas lojas online. Para Keslen, esta tecnologia aumenta a conexão da empresa com o consumidor em uma experiência única e satisfatória para o cliente:
“Este leque de possibilidades aumenta quando se trata de mostrar produtos aos consumidores antes do ato da compra, É o mais próximo que o cliente terá da experiência de uma loja física”.
02 – Inteligência artificial
A pandemia fortaleceu a inteligência artificial (IA) aplicada ao comércio eletrônico. A solução tem poder suficiente para melhorar os serviços de qualquer loja online e uma das aplicações mais frequentes de IA no comércio eletrônico é a personalização:
“É possível coletar dados que permitam recomendações ao usuário de acordo com seu comportamento na loja online. Da mesma forma, a IA melhora o retorno sobre investimento, otimizando os motores de busca e adaptando os anúncios.
03 – Compras nas redes sociais
A porta aberta pelas redes sociais para vendas online criou um fluxo constante – com destaque para Facebook e Instagram. Keslen lembra que até 64% das pessoas que navegam pontualmente nestas duas redes sociais já compraram, pelo menos, um produto através delas, portanto as redes nunca devem ser ignoradas:
“As redes mudam sempre internamente suas estruturas e outras redes podem surgir e assumir protagonismo das vendas virtuais. Não há dúvida que o online precisa implementar estratégias para não deixar as vendas para a concorrência”.
04 – Smartphones em alta
Se mais de 70% do tráfego recebido pelos sites de comércio eletrônico vem de dispositivos móveis, o diagnóstico é apenas um: esta é uma tendência estabelecida:
“Dar atenção especial à experiência de compra pelo smartphone para que tudo seja fácil, ágil e otimizado não é opcional. As pessoas compram navegando pelo celular e se o site não for responsável com facilidades para fechar uma compra, o tempo do seu concorrente conseguir esta venda é de apenas um clique” completa Keslen.