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“Sobreposições” revela tintas incompatíveis sobre tela

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SONHO BOM II, 180x80cm foto Studio Bruno Santos divulgação
SONHO BOM II, 180x80cm foto Studio Bruno Santos divulgação

Artista plástica Sila Lima abre exposição no Centro Histórico

Contrastes, incompatibilidade, sobreposição de camadas e gestual. Essas são as características marcantes do trabalho da artista plástica Sila Lima que vai apresentar a sua exposição individual Sobreposições, a partir da próxima sexta-feira, dia 17, no Multiespaço São Francisco 179 (Rua São Francisco, 179 – Centro histórico). Na ocasião serão expostas 30 obras, em tamanhos diversos, com a técnica criada por ela: “Tintas incompatíveis sobre tela” que, como o nome adianta, reúne materiais como tintas acrílica, óleo, epóxi, álcool e automotiva durante o processo de criação. A mostra tem entrada franca e pode ser visitada de terça a sábado, das 14 às 20 horas, e aos domingos, das 14 às 18h, até o dia 27 de junho.

Sila Lima conta que a exposição reúne duas linhas de trabalho visualmente antagônicas em pintura abstrata, porém com características comuns quando se trata do processo de produção. “O abstrato abre um caminho de introspecção, hipnótico que convida ao espectador a entrar na obra. É mais sobre o sentir. Cada ângulo proporciona um olhar diferente. É a ausência total de um apoio, em simbologia ou traços, que possa conduzir uma interpretação. Para encantar o observador você só tem a abstração, textura e cores”, define.

SILA LIMA foto Studio Bruno Santos divulgação

Nessa exposição, a ideia da artista é apresentar as sobreposições de diversas camadas de tintas que conecta duas formas de trabalho, uma mais caótica e a outra mais fluídica. Para Sila, as duas propostas, apesar das diferenças, são complementares e remetem a uma sensação de tridimensionalidade. “A fase Caótica é mais visceral, é uma construção de sensação de profundidade com pinceladas fortes e carregadas de muita tinta. Começa impulsiva e depois eu passo a construir camadas”, define. Sobre as telas “fluídicas”, elas passam a sensação de que a tela está molhada. Assim como na outra fase, ela não usa cavalete, trabalha no chão, só que nesse processo Sila não usa os pincéis. “A fluídica é mais tranquila, se faz no balanço. Faz um pouquinho, deixa secar, e assim por diante criando novas camadas… é um processo de meses”.

Sila Lima é paulistana, residente em Curitiba há 30 anos. A artista completa esse ano 24 anos de estudos, exposições e muita pesquisa. É neta de ceramista e de um maestro e pintor sacro; é também filha de professora de artes visuais. O legado empírico e multidisciplinar que herdou fez com que transitasse com facilidade entre materiais diversos e também em inúmeras vertentes das artes visuais. A maior parte das obras que serão expostas é de sua produção recente, a partir de 2021, e estarão à venda.

Serviço: Sobreposições. Exposição individual da artista plástica Sila Lima. De 17 de maio a 27 de junho, no Multiespaço São Francisco 179 (Rua São Francisco, 179 –  Centro Histórico). Visitação: de terça a domingo, das 14 às 20h (domingo até às 18h).

Entrada gratuita.

Classificação indicativa: Livre.

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