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Juros elevados impulsionam FIDCs como opção ao crédito tradicional

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    Da Redação com Assessoria
  • há 2 horas
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Com Selic em alta, fundos de direitos creditórios atraem empresas e investidores; patrimônio líquido do setor cresceu 41% somente em 2024.

Bruno Lage: sócio-fundador da Catálise. Foto: Guilherme Pupo
Bruno Lage: sócio-fundador da Catálise. Foto: Guilherme Pupo

A taxa Selic acaba de atingir o maior patamar desde 2006, sendo fixada em 14,75% ao ano, após nova elevação pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A medida visa conter a inflação persistente, mas também encarece o custo do dinheiro e restringe o acesso ao crédito bancário tradicional. Nesse cenário, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) se consolidam como alternativa de financiamento. Em 2024, o patrimônio líquido desses fundos avançou 41% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 631,47 bilhões, segundo levantamento do portal especializado Tudo Sobre FIDCs. No mesmo período, o número de fundos em operação cresceu 28,7%, superando a marca de 3 mil estruturas ativas.


A tendência é impulsionada pela necessidade de diversificar fontes de crédito diante da elevação das taxas de juros e da maior seletividade do sistema bancário tradicional. “O crescimento dos FIDCs está diretamente ligado à busca das empresas por estruturas de financiamento mais eficientes, especialmente em um ambiente de aperto monetário”, afirma Bruno Lage, sócio da Catálise, a maior gestora de FIDCs do Sul do Brasil.


Democratização do crédito

Além da demanda por parte das empresas, o mercado também observa um aumento expressivo no interesse de investidores. Dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais) mostram que o volume aplicado por pessoas físicas em FIDCs alcançou R$ 15,98 bilhões em outubro de 2024, um crescimento de 115,9% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.


Lage aponta que os FIDCs se destacam por permitir a antecipação de recebíveis — como duplicatas, cheques, contratos ou faturas —, viabilizando capital de giro sem a dependência direta de linhas bancárias. “Para muitas empresas, especialmente fora do eixo das grandes corporações, os FIDCs se tornaram uma forma acessível de captar recursos com estruturação sob medida. Ou seja: são uma alternativa segura para democratizar o crédito no Brasil”, conclui.

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