Sabe aquela sensação de que um anúncio te persegue? Ou aquele produto que você “só falou” agora aparece nos sites que você visita? Então, isso, do jeito que acontece hoje, vai acabar com o fim dos cookies de terceiros. Até 2023, as estratégias de marketing digital devem priorizar um uso adequado dos dados que estão à mão e o desafio vai se impor para os profissionais.

O Google anunciou repetidamente sua intenção de eliminar cookies de terceiros e, embora essa alteração tenha sido estendida, não há prazo que não expire. As empresas devem se preparar agora.

Para Ediney Giordani, CdO da KAKOI Comunicação, o mercado já sente mudanças e busca manter as vantagens que o uso da tecnologia tem proporcionado aos clientes e marcas para manterem uma comunicação próxima:

“Os consumidores de 2022 não são os mesmos de antes. Se espera muito mais do que um produto das marcas com as quais se relacionam, querem segurança e tranquilidade em relação aos seus dados e uma boa experiência com a marca”

Para que as empresas se preparem para as mudanças que estão chegando, o especialista alerta da importância de contar com uma agência de comunicação que entenda os desafios do marketing digital para não ter surpresas a partir de 2023.

Publicidade não invasiva
Quando o consumidor recebe repetidamente um comercial que não aparece discretamente no meio do conteúdo que lemos, vemos ou ouvimos, acaba criando uma relação de amor e ódio com a marca. Essa publicidade afasta potenciais clientes.

“As equipes de marketing digital devem trabalhar dobrado para não colocar propagandas invasivas e irritantes para o público ao qual uma campanha é direcionada. Ao mesmo tempo, precisam criar propagandas que ajudem o público-alvo a entender os benefícios que determinados produtos trazem para eles”.

Anúncio certo na hora certa
Para Giordani o desafio é criar peças em uma época em que é mais fácil decidir o que assistir, o que ouvir e o que não ouvir. Uma boa equipe de marketing deve conseguir levar o anúncio certo para a pessoa certa e na hora certa, sem invadir a privacidade do público: “Uma empresa de material esportivo não está interessada em chegar em quem não pratica corridas de ruas, mas tem total interesse em vender seus produtos para quem participa de maratonas, por exemplo”.

O Google sem cookies
A tendência é que a internet rejeite os cookies uma vez que o público já tem esta ideia de que os cookies de terceiros são invasivos, e até mesmo perigosos:

“Os cookies ajudaram a facilitar a exibição de anúncios para quem pode precisar ou estar interessado em um determinado produto, ou serviço. Como a aposta de marcas como Google ou Apple é deixar de trabalhar com cookies, as empresas devem pensar em estratégias que lhes permitam aproximar-se do seu público-alvo sem esta ferramenta de medição. O último anúncio feito pelo Google sobre o uso de cookies, até o momento, diz que os cookies desaparecerão no segundo semestre de 2024. ”.

Alternativas aos cookies
Agências que lidam com marketing digital devem aprender a trabalhar com ferramentas tecnológicas que lhes permitam realizar modelos preditivos de consumo, com base no histórico de navegação sem acessar esse histórico:

“Se antes era apenas clicar um botão e deixar a campanha correr, agora a estratégia vai contar muito mais. Ainda não há uma ferramenta que substitua o que vai acabar, o talento vai ser fundamental” completa Ediney.   

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