60% da população idosa no Brasil é afetada pela disfagia

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Dia Nacional de Atenção à Disfagia conscientiza para um sintoma que atinge mais da metade das pessoas da terceira idade

O dia 20 de março é o Dia Nacional de Atenção à Disfagia e busca conscientizar a população a reconhecer esse importante sintoma, alertar sobre o risco para a saúde, prevenir e orientar sobre o que fazer diante da suspeita do problema. Estima-se que 6 a cada 10 pessoas idosas sejam afetadas pela disfagia. A doença é caracterizada pela dificuldade de engolir.

A fonoaudióloga do Hospital Angelina Caron, Marina Bueno Macri, explica que existem diversas causas para a disfagia. “Pessoas com problemas anatômicos, esfagianos, musculares, neurológicos e idosos estão entre as mais afetadas pelo problema. A disfagia é acompanhada da sensação de que a comida ou o líquido estão presos na boca, esôfago ou garganta”, explica.

Marina reforça que a disfagia não é uma doença, mas um sintoma de que algo está errado. “O problema pode ser causado por distúrbios do esôfago ou do envelhecimento natural do ser humano.” Doenças como câncer do esôfago e do megaesôfago possuem a disfagia entre os sintomas mais comuns. “Por isso é muito importante procurar um especialista quando o problema for identificado. As chances de provocar danos irreversíveis são reduzidos drasticamente. Subestimar os sinais pode desenvolver complicações graves para a pessoa”, completa.

O tratamento da disfagia exige alguns cuidados como a adaptação dos alimentos. “O ideal é a trituração dos alimentos sólidos ou o esmagamento com líquidos para que a pessoa consiga engolir com facilidade. O problema pode diminuir o apetite e levar a desnutrição. Por isso, variar o cardápio e consumir refeições frias como iogurtes e vitaminas é fundamental para garantir os nutrientes necessários para o corpo”, cita a especialista.

Campanha

A “Ação de Disfagia – Eu Apoio!” é idealizada e executada há cinco anos pela fonoaudióloga e professora Maria Cristina de Alencar Nunes e conta com a participação de outros profissionais da área, além da Fundação CCV e da Universidade Tuiuti do Paraná. Esse ano, a fonoaudióloga do Hospital Angelina Caron, Marina Bueno Macri, participa da campanha. Para todos pacientes internados serão entregues uma tag que aborda informações sobre o problema.

O objetivo é divulgar a importância da identificação dos sintomas da disfagia e o tratamento adequado. Pacientes, residentes e profissionais da saúde receberão um material explicativo sobre a disfagia, esclarecimentos sobre a dificuldade de engolir e das dúvidas existentes.

 

Sobre o Hospital Angelina Caron

Hospital Angelina Caron está localizado na cidade de Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba (PR). De caráter eminentemente social, a instituição é um centro médico-hospitalar de referência no Sul do País e um dos maiores parceiros do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná. Recebe, anualmente, mais de 400 mil pacientes de todo o país, dos quais 95% pertencem ao SUS. Atua em todas as vertentes da medicina e é um centro tradicional de fomento ao ensino e à pesquisa e atendimentos de alta complexidade em cardiologia, neurologia, oncologia e cirurgia bariátrica.  O setor de transplantes é um dos mais destacados, reconhecido internacionalmente, com cerca de 300 procedimentos por ano nas áreas hepática, renal, reno-pancreática, cardíaca e de tecidos corneanos.

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