A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou nesta quarta-feira, 28, o balanço econômico do primeiro bimestre do ano de 2018. Nos dois primeiros meses do ano o bom resultado nas exportações e a melhora das vendas no mercado doméstico, no mês de fevereiro deste ano, contribuiu para o resultado positivo de 1,1% em relação ao primeiro bimestre de 2017. Mesmo com o aumento registrado, a Abimaq diz que ainda é prematuro falar de novos investimentos na indústria de bens e capitais.
Nas exportações foi registrado um novo crescimento em 2018 de 3,4% em relação a janeiro e 39,8% comparado a fevereiro do ano passado. No bimestre, o crescimento foi de 58,6%. Segundo a Abimaq, este forte crescimento está relacionado a três grandes fatores: na base de comparação a janeiro de 2017 o setor exportou a metade do resultado observado neste início de ano; o mercado mundial encontra-se aquecido; e o esforço feito pelo setor, que visa manter suas atividades durante a fase de encolhimento dos investimentos no mercado doméstico.
Já as importações registraram retração de 17,5% no mês de fevereiro desde ano contra o mês imediatamente anterior, anulando o crescimento do mês de janeiro. Com relação ao mesmo mês de 2017 houve, no entanto, crescimento de 12,5%. Com isso, no bimestre, as importações mantiveram crescimento de 11,4%.
Os investimentos medidos pelo consumo de máquinas e equipamentos no País, que inclui as importações, registraram nova queda com retração de 3,9% coincidentemente tanto na comparação com o mês anterior deste ano como na comparação interanual. Apesar da queda, a Abimaq acredita que há indício de que a redução dos investimentos tenha chegado ao fim.
No mês de fevereiro desse ano, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) registrou crescimento de em fevereiro anulando parte da queda ocorrida em janeiro. O nível observado foi de 3,1% superior ao do mês de janeiro de 2018 e 6,7% maior que o mês de fevereiro de 2017.
O número de pessoas empregadas revela uma tendência na recuperação do emprego. Na comparação com os dados de fevereiro do ano passado, o setor registrou seu primeiro crescimento de 0,4%, após 49 meses consecutivos de quedas neste tipo de comparação.