Entres os benefícios, Edge Computing fornece insights em tempo real e facilita ações corporativas
O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia, destaca que muitos projetos de negócios digitais criam dados que podem ser processados de forma mais eficiente quando o poder de computação está perto dos sistemas ou das pessoas que os geram. Os líderes de Infraestrutura e Operações de TI (I&O) encarregados de administrar soluções tecnológicas, deveriam entender o valor e os riscos associados ao negócio, uma vez que Edge Computing aborda essa necessidade de capacidade localizada de processamento na infraestrutura de TI.
“Atualmente, cerca de 10% dos dados empresariais gerados são criados e processados fora do Data Center tradicional ou por meio de Cloud. Até 2022, o Gartner prevê que esse número chegue a 50%”, afirma Santhosh Rao, Analista de Pesquisas do Gartner.
O Gartner define Edge Computing como soluções que facilitam o processamento de dados próximo da origem – ou até mesmo na origem– da geração das informações. No contexto da Internet das Coisas (IoT), por exemplo, as raízes de geração de dados são normalmente ações com sensores ou dispositivos embutidos. Edge Computing serve como uma extensão descentralizada das redes do campus (rede que cobre uma única localização no cliente), redes de celular, redes de central de dados ou de Cloud.
“Organizações que embarcaram em uma jornada de negócios digitais perceberam que uma abordagem mais descentralizada é necessária para acessar os requisitos de infraestrutura dos negócios digitais”, diz Rao. “Conforme o aumento do volume e da velocidade dos dados, também pode ocorrer a ineficiência de transmissão de todas essas informações para Cloud ou para a central de dados para processamento”.
Nessas situações, há benefícios em descentralizar a capacidade de processamento, colocando-a mais próxima do ponto no qual os dados são gerados – em outras palavras, utilizando Edge Computing. A implantação rápida de projetos de Internet das Coisas (IoT) para uma diversidade de casos de uso de negócios, consumidores e governos estão, por exemplo, promovendo este desenvolvimento.
Edge Computing é um dos temas atuais considerados como desafios para a TI e que será explorado na Conferência Gartner de Infraestrutura, Operações de TI e Data Center 2018, que ocorre nos dias 03 e 04 de abril, em São Paulo. Durante o evento, especialistas do Gartner e profissionais do setor poderão trocar suas experiências, além de receber informações e tendências sobre as últimas tecnologias e influências culturais organizacionais, focadas em lideranças e nos especialistas de várias áreas de Infraestrutura e Operações (I&O).
Segundo o Gartner, as soluções de Edge Computing podem tomar muitas formas. Elas podem ser móveis em um veículo ou smartphone, por exemplo. De maneira alternativa, elas podem ser estáticas – tais como quando fazem parte da solução de gestão de um prédio, de uma unidade fabril ou plataforma petrolífera. Ou, até mesmo, elas podem ser uma mistura, assim como em hospitais ou outras instalações médicas.
Os recursos das soluções de Edge Computing variam da filtragem básica de eventos para o processamento de evento complexo ou processamento em lote. “Um monitor de saúde portátil é um exemplo de uma solução básica de Edge Computing. Ele pode analisar as informações localmente, como a frequência cardíaca ou os padrões de sono, assim como fornecer recomendações sem a necessidade de conexão contínua com ambientes Cloud”, diz Rao.
Soluções de Edge Computing mais complexas podem atuar como gateways. Em um veículo, por exemplo, aplicações de Edge Computing podem agregar dados locais de sinais de trânsito, dispositivos de GPS, de outros automóveis, sensores de proximidade e assim por diante. A tecnologia também pode processar essa informação localmente para melhorar a segurança ou a navegação.
Os Edge Servers são ainda mais complexos por estarem em redes de comunicação móvel de próxima geração (5G). “Os servidores utilizados nas estações de base de celular 5G podem hospedar aplicativos e conteúdos em cache para assinantes locais, sem a necessidade de uso de tráfego por meio de rede de Backbone que pode estar congestionada”, diz Rao.
O analista do Gartner acrescenta, que em aplicações especialmente complexas, a tecnologia de Edge Servers pode formar clusters ou micro centrais de dados, nas quais a maior capacidade de processamento pode ser endereçada localmente. Exemplos assim podem ser encontrados em plataformas petrolíferas ou em pontos de venda de varejo (PDVs).
Como ocorre com todas as tecnologias que evoluem rapidamente, a avaliação, implementação e operação de soluções de Edge Computing possuem seus desafios. Os riscos podem surgir de muitas maneiras, mas um deles é fundamental e está relacionado à segurança. “Expandir seu rastro utilizando Edge Computing aumenta exponencialmente a área de superfície para ataques”, explica o analista do Gartner. “Um cenário com vários novos fornecedores amplia esse risco. Endpoints desprotegidos já estão sendo utilizados em ataques distribuídos conhecidos com denial-of-service attacks nas redes principais.
Outra preocupação é que o custo de implantação e gestão de um ambiente de Edge Computing pode facilmente exceder os benefícios financeiros do projeto. Além disso, os projetos podem se tornar vítimas de seu próprio sucesso – escalabilidade pode se tornar um sério problema, conforme o aumento de Endpoints para Internet das Coisas (IoT). “Edge Computing possui um enorme potencial para permitir iniciativas digitais apoiadas por IoT, mas os líderes de Infraestrutura e Operações de TI (I&O) precisam tratá-lo com cuidado”, diz Rao.
As inscrições para a Conferência Gartner de Infraestrutura, Operações de TI e Data Center 2018 podem ser realizadas pelo e-mail: brasil.inscricoes@gartner.com, telefone: (11) 5632-3109 ou site: gartner.com/br/datacenter. Mais informações no site: www.gartner.com/events/pt/la/data-center.