Vem aí a Páscoa, a primeira data comemorativa para o varejo. A data deve impulsionar as vendas do mês de março, ainda que a comemoração seja em 1º de abril. O produto que detém, tradicionalmente, a maior participação nas vendas do varejo é o chocolate sob diversas formas, sendo a mais popular, o ovo de Páscoa.
Porém, a cada ano, vem se ampliando o leque de opções de produtos comercializados, desde vestuário e calçados, livrarias e papelarias, alimentação e outras formas, especialmente para o público infantil, considerando-se a postura de muitos pais de evitar que seus filhos consumam doces e chocolates em excesso.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) projeta crescimento de 3,5% no setor de supermercados. Na Páscoa de 2017, o setor havia crescido 2,99% em comparação ao mesmo mês de 2016.
Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que 50% dos supermercadistas preveem vendas iguais às de 2017 e 32,9% esperam vendas superiores. Segundo a entidade, na Páscoa passada apenas 12,1% dos comerciantes estimavam vendas maiores. O estudo destaca ainda que outros produtos como cervejas, azeites e peixes em geral também deverão fazer parte das compras.
As projeções otimistas decorrem, principalmente, da retomada gradual do consumo das famílias, motivadas pela confiança em relação ao emprego e pelo acesso ao crédito, que voltou a ser facilitado.
Mercado de trabalho
Com relação ao mercado de trabalho, o aquecimento das vendas para a Páscoa também motiva a criação de empregos temporários, tanto na indústria como no comércio. A Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (Fenaserhtt) projeta a contratação de 50 mil a 55 mil funcionários. É o que ocorre tradicionalmente com a indústria de chocolates, que além de trabalhadores para fabricação dos ovos de chocolates e afins, também precisa de pessoal para realizar o empacotamento, estocagem e logística de distribuição nos diversos pontos do varejo que comercializam o produto. O estado do Paraná deve contratar em torno de 3 mil colaboradores especificamente para atender às demandas de Páscoa.
Apesar da produção de chocolates ser concentrada nas indústrias de grande porte, cresce a cada ano o número de pequenas fábricas e produções artesanais, que vendem direto aos consumidores, e acabam se transformando em boas oportunidades para pequenos empreendedores.
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