Por Rafaela Campos*, presidente da Accellog Global Technology e da Software by Maringá
A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do século nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto.
Caminhamos bastante com o passar dos anos, mas a pergunta que não quer calar é: por que ainda há tão poucas mulheres ocupando cargos de destaque e, muitas vezes desempenhando as mesmas funções que os homens com salários menores.
Acredito que ser mulher, profissional e empresária dos segmentos de TI e Logística, dois segmentos predominantemente masculinos, me gabarita para comemorar e celebrar o Dia Internacional da Mulher, mas sem “mi-mi-mi”.
Minha visão é que a mulher precisa conseguir se posicionar nesses segmentos, precisam ser fortes, determinadas a lutar pelo seu espaço, ignorar interferências externas e provar seu valor como qualquer outro profissional.
Reforço esse “qualquer outro profissional”, pois vejo que homens jovens também têm que provar o seu valor. Então, entendo que existem casos de discriminações contra mulheres, porém em muitas situações a pressão que se impõe é por resultados rápidos para a empresa, o que exige posicionamento, persistência e luta de quem quer se provar.
Por outro lado, algumas características consideradas femininas são essenciais para o sucesso de qualquer líder: inteligência emocional, empatia para engajar a equipe, atenção aos detalhes, foco e preocupação com pessoas e maleabilidade, o tão conhecido jogo de cintura. E isso a mulher tem de sobra. Basta acertar a dose.
É preciso também reverenciar alguns bons exemplos de mulheres em posição de destaque no mercado de trabalho para inspirar as próximas gerações de meninas, além de promoção de palestras e investimento em capacitação técnica.
Não se trata de Guerra do Sexos, ambientes seguros e separados, homens versus mulheres, mas de caminhar lado a lado, como iguais e só depende de cada um de nós. Afinal, no final todos somos humanos e acredito que as diferenças entre os sexos não são desvantagens e sim o tempero que torna a vida interessante!
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Rafaela Campos é empresária no ramo de logística há 12 anos, empreendedora serial, programadora desde os 17 anos, DBA, administradora formada pela UEM, apaixonada pela vida e defensora da integração entre as pessoas e os sexos.