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Cenário da Construção Civil e estratégias pela inovação mobilizam empresas no oeste do PR

Pautado no conceito de Foresight, grupo conheceu dados do setor e discutiu possibilidades de melhoria com plano de inovação

Empresários, engenheiros e arquitetos e representantes de instituições ligadas à Construção Civil da região estiveram reunidos na última terça-feira, dia 10, no Sinduscon em Cascavel. O encontro deu start na ideia de criação de um grupo, chamado de governança, que será responsável por planejar ações e estratégias ao setor no Oeste do Paraná. Sob a ótica do conceito de Foresight (do inglês, previsão), governança será prospectiva na análise de cenários e identificação de inovação e novas tecnologias.

Para contextualizar esses conceitos aos participantes, indica o consultor do Sebrae/PR, Volmir Valentini, a programação do encontro começou com explanações sobre perspectivas da Construção Civil, em palestra proferida pelo especialista Marcos Kahtalian, da Brain Inteligência. Em seguida, o grupo conheceu a importância de instituir uma governança, por meio de explanações de Emílio Beltrami, a fim de pensar o setor regionalmente e mostrar o Oeste do Paraná como um território competitivo no segmento.

“Nesta reunião, começamos as discussões sobre a criação da governança para a construção de um plano de inovação. Os participantes já entenderam a importância e demonstraram interesse na sua composição. A ideia é que tenhamos, no grupo, representantes de empresas do setor, de universidades, de instituições públicas e privadas que impactam na Construção Civil da região. Um grupo que assuma o compromisso neste momento de importante retomada no setor”, acrescenta Volmir Valentini.

Hugo Armando Ceron Molina, gerente do Senai na região, foi um dos participantes do encontro e já garantiu a contribuição da instituição ao grupo. “Podemos dar todo o apoio técnico e tecnológico às demandas levantadas na governança. Já tivemos exemplos positivos de tecnologias nossas auxiliando empresas da Construção Civil. Nosso foco é buscar as soluções e, para isso, é preciso conhecer as necessidades”, destaca.

Para Ricardo Lora, 2º vice-presidente do Sinduscon, a instituição da governança trará benefícios de todas as formas ao setor na região. “A governança em Foresight reforça nossa visão enquanto sindicato, de associativismo, pensar o bem comum em um mercado de contingência regional. O grupo vai responder a questões coletivas, onde todos querem chegar. É um excelente projeto que começa agora e ao qual esperamos vida longa”, assinala.

Mercado

Segundo Marcos Kahtalian, o cenário para a Construção Civil como um todo é favorável. “2018 e 2019 virão com mais crédito no mercado, crescimento de lançamentos e boa oferta de unidades. O setor imobiliário, por exemplo, começou a retomar no último trimestre de 2017. O que o setor precisa levar em conta, agora, são as necessidades, a demanda do mercado. Em Cascavel, por exemplo, 30% do mercado seria para 1ª residência e não se tem toda esta oferta”, alertou.

Os números apresentados pelo especialista chamaram a atenção dos participantes. “As variáveis são boas, mas é preciso ofertas mais compatíveis”, disse Kahtalian. Na avaliação de Patrícia Zatt Cadamuro, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Toledo, os dados norteiam o que se deve fazer daqui para frente. “Viemos em busca desses números, de um estudo da região. Isso nos faz pensar se temos ofertas viáveis. A governança será interessante para projetar oportunidades”, comenta.

Apoio

De acordo com Emílio Beltrami, palestrante convidado pelo Sebrae/PR, o conceito de governança é trabalhar junto em cima de determinado cenário. “Visitamos empresas com o apoio de 15 instituições setoriais da Construção Civil da região. Todas que podem contribuir muito à governança. Nas empresas, encontramos demandas de melhoria, como a preocupação com a sustentabilidade dos locais, a inovação de materiais e recursos e qualidade de ambientes interiores”, citou.

Esses serão os primeiros temas a serem discutidos pelo grupo. “Essa foi a demanda tecnológica levantada pelas empresas. Agora, em grupo, precisamos fazer reflexões em conjunto, olhar lá para a frente, prever aquilo que vai impactar nos negócios no futuro e se antecipar, com estratégias compartilhadas e baseados no conceito de rede. Além disso, é preciso mudar a percepção de que inovação é custo”, enfatiza Beltrami.

Presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi/PR), Luiz Antonio Langer acredita que a união das entidades é que deve fortalecer o setor. “A união fortalecerá a classe e trará benefícios para a sociedade como um todo. Precisamos deixar o egoísmo e medo de concorrência de lado. A cadeia da Construção Civil é muito grande, trabalhando em rede e apoiados pelas entidades seremos mais fortes”, observa.

O grupo deve se reunir, novamente, no dia 24 de maio para que os representantes das entidades, que farão parte da governança, sejam capacitados a dar início ao plano de inovação para o setor da Construção Civil do Oeste do Paraná.

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