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Conheça os cuidados para controlar o estresse provocado pelo calor em vacas leiteiras

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As vacas leiteiras de origem europeia tem sua zona de conforto térmico entre 5ºC a 25ºC. Entretanto, como o Brasil possui um clima tropical elevado, com temperatura em torno de 40ºC em boa parte do ano, faz com que esses animais em períodos mais quentes entrem em estresse calórico, acarretando queda na produção leiteira, na fertilidade e na imunidade do rebanho.

De acordo com o nutricionista animal da Quimtia Brasil, Stephen Janzen, empresa especializada na produção de insumos para nutrição animal, para reduzir o impacto econômico desse estresse calórico no animal, o produtor precisa tomar algumas medidas que visam a melhora no conforto e na nutrição das vacas leiteiras.

Para ele, um ponto importante que deve ser analisado é a qualidade da água. Isso, pois, segundo Stephen, devido ao aumento da temperatura, a vaca ingere mais água para amenizar o calor. “Essa água deve ser potável, com disposição de 1 cocho para cada 20 animais, inclusive na saída da sala de ordenha, pois é o momento em que as vacas chegam a ingerir até 50% do volume diário de água e com grande vazão”, afirma. “Nos meses de outubro a maio, que é a época de maior estresse calórico, uma vaca chega a ingerir 160 litros de água no dia”, acrescenta.

A sombra, natural ou artificial, também reduz em até 15% o impacto na queda de produção ocasionada pelo estresse calórico. O especialista conta, que ventiladores com uma capacidade de movimentar o ar acima de 2,5 m/s também auxiliam na diminuição do estresse calórico e deve-se, também, respeitar uma área de 6m² por vaca. “O resfriamento evaporativo vem apresentando também ótimos resultados, pois associa ventilação e nebulização ou mesmo a aspersão de água na linha de cocho a ponto de ‘dar um banho’ nas vacas” comenta Stephen.

Ainda, para o nutricionista, outro fator importante para diminuir possíveis danos à produção animal das vacas é a nutrição. Em dias quentes, elas [vacas] em estresse calórico ingerem menos alimento, o que leva à queda na produção. “Por isso, é necessária dietas mais adensadas, com inclusão de gordura, fibra de melhor qualidade e grãos com diferentes taxas de degradabilidade no rúmen, o que ajuda a amenizar o estresse”, ressalta Janzen.

Investimentos

De acordo com Stephen, investimentos na parte de infraestrutura da propriedade (free-stall, compost barn) são ótimas saídas para que haja uma melhoria no desempenho da produtividade e a redução dos impactos relacionados ao clima e pastejo. “Antes de qualquer investimento, a busca por um profissional com conhecimento técnico e conhecimento da região é imprescindível para o sucesso da atividade” recomenda.

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