Principal causa da infertilidade feminina, a endometriose atinge em torno de seis milhões de brasileiras. “Como fortes cólicas e dor durante as relações sexuais podem se relacionar a outras disfunções, deve-se relatar isso ao médico, que recomendará exames para confirmar ou não a doença e o melhor tratamento, sempre que necessário”, observa Paulo Januzzi, ginecologista e obstetra, diretor Técnico Operacional da Central Nacional Unimed. Acrescenta que algumas pacientes só descobrem a doença ao não conseguirem engravidar, sem apresentar sintomas.
A endometriose ocorre quando o endométrio, tecido que reveste o útero, localiza-se fora da cavidade uterina, em órgãos como trompas, ovários, bexiga e intestino. Mensalmente, por uma reação hormonal, este tecido cresce e é eliminado no período menstrual. Fora da cavidade uterina, porém, não é eliminado pela menstruação, cresce, descama e forma processo inflamatório, que provoca dor e aderências de tecidos.
Medicamentos ou cirurgia pouco invasiva, a videolaparoscopia, são os tratamentos para endometriose. Eventualmente, a infertilidade pode ser combatida com reprodução assistida, explica Januzzi. “O ideal é que a mulher, desde a proximidade da adolescência, tenha uma rotina de consultas ao ginecologista, para prevenção e eventual identificação precoce de doenças como endometriose, HPV (sexualmente transmissível), miomas, síndromes, câncer no colo do útero etc.”
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