Cerca de 25 mil jovens brasileiros, oriundos das mais diversas regiões do país, vivenciaram no fronte de batalha a Segunda Guerra Mundial. Entre eles, estavam o cabo de Infantaria Flávio e o cabo de Artilharia Pontarolli. Aos 97 anos, eles ainda se lembram, com riqueza de detalhes, dos desafios que enfrentaram no mais abrangente e violento conflito da história da humanidade.
“As batalhas eram muito duras, o inimigo bem instalado, com muitos soldados. Fomos para o contato direto diversas vezes. Tive sorte de sair sem ferimentos graves. Mas, perdi muitos companheiros”, conta Seu Flávio. 451 soldados da Força Expedicionária Brasileira morreram em combate, além de 2.722 feridos e acidentados e 58 desaparecidos ou aprisionados.
Ao todo, foram 239 dias de ação contínua contra as tropas inimigas, com vitórias em oito campos de batalha na Itália. Entre eles, o de Monte Castelo, considerado o mais duradouro e difícil. “Foi logo após um período em que enfrentamos temperaturas muito baixas. Quando começou o degelo, descemos a cordilheira dos Apeninos e nos posicionamos nos pés de Monte Castelo. Ali, fizemos bombardeios três dias seguidos. Os próprios alemães disseram que foi um inferno e não resistiram”, lembra Seu Reynaldo Pontarolli.
O domínio da FEB consolidou-se na sequência, na batalha de Montese. Foi o último combate, em que houve a rendição incondicional do exército da Alemanha nazista, com 20.573 prisioneiros de guerra capturados.
Comemoração na Praça do Expedicionário
8 de maio de 1945 ficou marcado como o Dia da Vitória. Na próxima terça (8), a Nação brasileira comemora 73 anos do triunfo das forças democráticas na Segunda Guerra. Em Curitiba, a celebração ocorre na Praça do Expedicionário, às 10h. Além do reconhecimento aos integrantes da FEB, serão entregues Medalhas da Vitória e da Liga Paranaense do Expedicionário (LPE) a pessoas que contribuíram com o legado deste feito histórico.
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Fotos: Asp Moraes/5a RM