Londrinense participa da Intel Isef, a maior feira de ciências do mundo
O estudante João Américo Barbosa, aluno do Colégio Londrinense até o ano passado e agora estudante do 1º ano de Agronomia da UniFil, viveu uma experiência acadêmico-científica que pouquíssimos jovens no Brasil, e até no mundo, têm a oportunidade de realizar. Ele foi um dos 18 brasileiros selecionados a participar da INTEL ISEF, a maior Feira Internacional de Ciências do Mundo, de 13 e 18 de maio, em Pittsburgh, Pensilvânia (EUA).
Acompanhado dos professores Murilo Bernardi e Alana Séleri, seus orientadores no Colégio Londrinense, João apresentou a pesquisa “Aumento na produção agrícola a partir da utilização de gás carbônico no tratamento de sementes”. Apenas dois projetos do Brasil na área de ciências agrárias foram classificados. O estudante londrinense desenvolveu o trabalho científico inicialmente nos laboratórios do colégio e da UniFil, complementando estudos no Hospital Veterinário e experimentos a campo na Fazenda Escola.
O ponto de partida teve início nas aulas de Iniciação Científica em 2013, quando tinha apenas 12 anos. Ao longo de cinco anos de pesquisa, João acumulou diversos prêmios em eventos científicos. “A estrutura da UniFil, como a Fazenda Escola, permitiu aprofundar os estudos e testá-los. Foi muito importante para a pesquisa avançar. Além de prosseguir com a investigação científica, quero colaborar na orientação de outros projetos para ter a oportunidade de ver a atividade de pesquisa de outro ângulo”, destaca o estudante.
Para os orientadores, a apresentação na feira nos Estados Unidos foi a coroação de um trabalho árduo. “A participação na INTEL ISEF reforçou que vale a pena investir na iniciação científica. Eu vi o João crescer como pesquisador e como pessoa. Era um menino acanhado e evoluiu muito. Tenho certeza que essa pesquisa transformou a pessoa e fez nascer nele uma profissão. É algo que nos orgulha muito”, diz a professora Alana Séleri.
O orientador Murilo Bernardi compara a presença na feira internacional com uma convocação para a Copa do Mundo. “É como um jogador que tem talento e treina bastante durante quatro anos: ser convocado vira uma consequência. A diferença é que nosso trabalho sempre teve como foco a pesquisa. Integrar um grupo seleto, com participantes de outros 82 países, foi algo magnífico” – afirma.
O diretor geral Eleazar Ferreira destaca que o Colégio Londrinense é um dos poucos no País a contar com a estrutura de uma universidade para iniciar e capacitar alunos do ensino fundamental e médio no universo da ciência. “Nossos alunos fazem pesquisas nos laboratórios e núcleos profissionais da UniFil. Isso desperta nos adolescentes e jovens o interesse pelo mundo científico, pelas descobertas. É um diferencial que fortalece muito a formação cultural”, enfatiza.