Com apenas 14 anos de idade, as estudantes Eduarda Rossi e Lara do Prado Matesich desenvolveram uma solução tecnológica e social para ser utilizada no transporte coletivo das cidades. Estudantes do 9ª ano do ensino fundamental, as amigas identificaram um problema que registra mais de 60 reclamações ao ano no transporte coletivo: o assédio sexual. A solução foi apresentada na tarde desta quarta-feira (20/6), na série de palestras SÓMEI do Worktiba Barigui.
O desafio de desenvolver o aplicativo surgiu em uma feira de ciências da escola que estudam, o Colégio Positivo. As alunas identificaram esse problema existente no transporte coletivo e decidiram se aprofundar no tema, o que deu origem a solução tecnológica.
O projeto desenvolvido pelas estudantes consiste em um protótipo de sistema online e físico de comunicação entre a pessoa assediada e uma pessoa de contato. Com o auxílio de um especialista em tecnologia, foi sincronizado um botão sem fio, alimentado por bateria e controlado pelo sistema de sinal Bluetooth, que quando acionado duas vezes informa uma possível situação de perigo.
“Pesquisamos a melhor solução para esses casos, e é mais viável que a pessoa que está em perigo acione o botão, que pode ser escondido no bolso, e um conhecido busque ajuda para ela. É enviado para o contato o alerta via mensagem de texto e a localização da pessoa no mapa”, comenta Lara.
Entusiasmo
As educadoras da rede municipal de ensino Eugênia Vianna, Francini Kureishi e Dirceia Anjos ainda não conheciam o primeiro coworking público municipal do Brasil, o Worktiba Barigui e ficaram entusiasmadas com o conceito do espaço e com a palestra.
“A reutilização dos móveis e equipamentos é muito importante na administração pública, aliado a isso esse ambiente propicia a criação e a palestra das meninas que foi inspiradora”, comenta a educadora Dirceia Anjos. Ao final do evento foi feita uma rodada de apresentação e negócios entre os presentes.
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