Fazer turismo ficou mais fácil

No Dia do Turista, comemorado em 13 de junho, empresas de hospedagem compartilhada, multipropriedade, permutas multilaterais mostram como ser turista está mais fácil e moderno

Na era em que a internet revolucionou a interação entre as pessoas e as formas de se consumir produtos e serviços, trazendo a tona os conceitos de economias compartilhada e colaborativa, ser turista ficou mais fácil. É o que afirma profissionais e especialistas que atuam nesse setor. Hoje é possível começar a planejar a sua viagem pesquisando em aplicativos como o  Airbnb, Couchsurfing, que indicam quais são as opções de hospedagem compartilhada; e outros como Wego e BlablaCar, que trazem uma solução para quem quer se deslocar para onde precisar gastando muito pouco ou quase nada.

Dentre esses inovadores conceitos alavancados pela economia compartilhada está o de multipropriedade ou fração imobiliária, em que um imóvel para lazer e turismo é vendido em frações ou cotas a vários proprietários. Há um bom tempo esse modelo vem se tornando uma importante forma de financiamento de grandes empreendimentos turísticos , sem falar que a grande  maioria deles está ligada às intercambiadoras de férias, como a RCI, a maior do mundo.

“O sucesso do modelo de multipropriedade está intrinsecamente ligado às intercambiadoras e principalmente à RCI que é a líder mundial nesse segmento, é através delas que o sistema passa a fazer sentido para a maioria das famílias, pois elimina talvez o principal motivo de as famílias não quererem mais ter uma segunda moradia de férias, que é o fato de ficarem vinculadas à um único destino. E isso ajuda a fomentar e democratizar a prática do turismo”, afirma João Paulo Mansano, diretor comercial da New Time, uma das maiores empresas do Brasil especializada na comercialização de multipropriedades.

De olho em como esse conceito pode de fato ajudar a fomentar o turismo no mundo, grandes marcas no setor de hotelaria e lazer já aderiram ao sistema. “Para quem compra a fração de um imóvel de lazer é um investimento inteligente, pois tem um valor bem mais acessível, do que se ela fosse construir ou comprar uma casa ou apartamento só para passar férias. Além do mais, ela será dona e terá acesso  a um imóvel dentro de um resort luxuoso e exclusivo para desfrutar as férias, mas com baixo investimento”, afirma Adriana Chaud, também diretora da New Time.

Permutas

Dentro do conceito de economia compartilhada e colaborativa, uma prática que volta com tudo nos dias de hoje e de forma bem mais organizada, graças às novas tecnologias de comunicação, é a permuta, ou a velha troca.

Empresas da área de turismo estão entre as que mais participam dessa forma sustentável de consumo de serviços. “Pois por meio da permuta você pode pagar sua viagem ou hospedagem em um lugar bem bacana, e com isso ter mais dinheiro para conhecer o destino onde está, indo a passeios, restaurantes, conhecendo pontos turísticos famosos, ou seja, curtir o destino sem preocupar, com a hospedagem, que na forma convencional de se fazer turismo, costuma ser uma das coisas mais caras numa viagem”, argumenta Rafael Barbosa, especialista em economia compartilhada e fundador plataforma de permutas multilaterais XporY.com.

Ele diz também que a inserção do turismo dentro da economia compartilhada é muito bom para os turistas, e igualmente interessante para as empresas que vivem dessa atividade. “Os estabelecimentos turísticos, como hotéis ou pousadas, podem se beneficiar oferecendo dentro do sistema de permutas multilaterais seus serviços e contratando,  e nessa plataforma, eles também têm acesso a uma série de produtos e serviços para seu negócio. Sem falar que é mais um excelente canal de divulgação para a empresa”, explica Rafael.

Há quatro anos Rafael comanda a XporY.com, plataforma digital que reúne mais de 3.300 associados entre, profissionais autônomos e empresas, que oferecem os mais variados serviços e produtos em troca de outros. Tudo é negociado na moeda virtual X$, que é equivalente ao Real. “O associado estipula quantos X$ vale seu serviço ou produto e quando alguém usufrui do que ele oferece, essa pessoa ou empresa acumula X$ que podem ser trocados por outros serviços e produtos”, explica Rafael.

Segundo ele, dentre os mais de três mil integrantes da plataforma, existem várias empresas da área de turismo, desde hotéis e pousadas, à agências de turismo. “Por meio do sistema de permutas é possível sim viajar e fazer turismo com qualidade sem usar dinheiro”, ressalta o especialista em economia colaborativa.

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Sobre a New Time

Foi para atender a esse mercado de imóveis de lazer comercializado no sistema de multipropriedade, que está em pleno desenvolvimento no Brasil e no mundo, é que surgiu em, 2011, a New Time.

Com sede num dos principais pólos turísticos do Estado de Goiás, a cidade de Caldas Novas, a empresa goiana registrou, só no ano de 2015, R$ 620 milhões em vendas. No ano seguinte esse número saltou para R$1,04 bilhão, e por fim, no ano de 2017, alcançou o expressivo montante de R$1,35 bilhões.

A New Time já implantou mais de 20 projetos de fração imobiliária no país, dentre eles projetos de bastante relevância nacional. Foi responsável pelas vendas e implantação do maior projeto de frações Imobiliárias do país, situado em Gramado,  e também outros locais de destaque como Olímpia, Maceió, Caldas Novas e atuou em mais de 20 lançamentos em 15 estados do País nas vendas de multipropriedade. Além da comercialização de frações imobiliárias, a empresa executa projetos destinados a operações de programas de férias para empreendimentos hoteleiros e resorts.

 

Sobre a XporY.com

A XporY.com é uma scale up criada em 2014 com o objetivo de promover a economia colaborativa, mostrando uma outra alternativa para profissionais e empresas gerarem valor com seus serviços e produtos. A empresa surgiu graças ao incentivo do programa Tecnova, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e graças a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em âmbito federal.  

Na XporY.com tudo é negociado em X$.  Os créditos na moeda digital podem ser consumidos com qualquer produto ou serviço oferecidos por seus mais de 2.600 associados, sem o uso de reais. “Os profissionais continuam produtivos, as empresas mantém o seu giro de estoque e, de quebra, aumentam seu poder de compra. Sem falar que a XporY.com também funciona como uma vitrine para a empresa ou o profissional autônomo”, explica Rafael Barbosa. Segundo ele, a ideia nasceu de modelos de plataformas de permutas criadas nos Estados Unidos.

Um diferencial da XporY.com, em relação a outras plataformas  é a ausência de custo na adesão; ou seja, os participantes não têm que pagar para entrar na “rede” e nem um valor mensal como manutenção. “Com a XporY.com, somente na hora de consumir, é que paga-se apenas uma taxa de 10% em reais sobre o valor da compra”, explica o empresário.

clara@comunicacaosemfronteiras.com

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