Apesar da semelhança física com armas tradicionais, armas de airsoft oferecem segurança para a utilização no desporto e lazer
O Airsoft é um esporte que vem ganhando cada vez mais adeptos. A emoção em participar de exercícios militares simulados, sem arriscar sua integridade física, ou mesmo passar momentos de lazer com os amigos, são os grandes atrativos desta modalidade.
Ainda que o jogador vivencie uma situação de combate, munido de uma pistola Airsoft ou outras armas parecidas com as usadas por policias e militares, o esporte não pode ser considerado uma prática violenta. Espírito esportivo, regras rígidas, forte regulamentação do governo, equipamento de proteção e armamento não letal são motivos para tranquilizar e garantir a segurança de quem pretende dar os primeiros passos neste tipo de atividade.
Armas não-letais só podem ser adquiridas em lojas autorizadas pelo Exército
As armas de Airsoft seguem um rígido controle de fiscalização. Em dezembro de 2007 foi lançada a PORTARIA Nº 006-D LOG que regulamenta o uso dos equipamentos usadas na prática do esporte. Entre as principais medidas, destaca-se a extremidade do equipamento pintada de laranja ou vermelho para diferenciá-las dos armamentos de fogo – exigência feita pelo Exército Brasileiro.
Atualmente, qualquer arma de Airsoft pode ser comercializada em loja de artigos esportivos ou especializadas na modalidade, desde que seja autorizada pelo Exército. Já o comprador precisa ser maior de 18 anos e seguir algumas regras, como somente usar o equipamento para o desporto ou em áreas próprias de recreação, e nunca deixar o armamento à mostra ou no alcance do público.
Principais diferenças das armas de Airsoft para as convencionais
As armas de Airsoft e as reais são semelhantes apenas na aparência. Todo o resto é diferente, começando pelo mecanismo que impede uma possível adaptação de uma réplica para um armamento letal. Um revólver Airsoft, por exemplo, dispara um projétil de borracha com a força aproximada de um Joule, valor muito baixo para provocar um dano físico.
Como foi mencionado acima, a munição do armamento é uma esfera de plástico, com 6mm de diâmetro, conhecida no mercado como “BBs”. O projétil foi criado para não ferir o praticante. Contudo, o uso de equipamento de proteção nas partidas, como os óculos, é importante para resguardar áreas mais sensíveis do corpo e conferir maior proteção.
O armamento é variado, assim como na vida real, mas as armas de Airsoft possuem características singulares como produção feita em material plástico ou poliuretano, com poucas partes de metal e a ponta do cano pintada de vermelho ou laranja. Dentre a variedade de armas o competidor pode escolher entre:
- Revólver;
- Pistola;
- Rifle (sniper);
- Rifle (assalto);
- Submetralhadora.
Conheça os três principais tipos de Airsoft
A arma pode ser classificada em três categorias, de acordo com o seu mecanismo de disparo. As diferenças de cada uma podem determinar a sua escolha. Preço e manutenção são fatores que devem ser levados em consideração na hora de comprar. Confira as características de cada tipo:
- Spring (mola)
Um modelo mais antigo, no qual o disparo é propulsionado por uma mola e o projétil é liberado com pressão. Esta arma costuma ser mais barata, porém, precisa ser recarregada a cada disparo. Para competidores que gostam de se posicionar na equipe como “sniper”, o tempo gasto para acionar o dispositivo não faz tanta diferença.
- Elétrica (AEG)
Também conhecida pela sigla AEG (Airsoft Eletric Gun), é o tipo mais usado por iniciantes e veteranos nas competições de Airsoft. Assim como o sistema Spring, funciona com o acionamento de uma mola, com o movimento, o ar comprimido no cilindro libera e impulsiona o projétil. A grande vantagem deste modelo é que o mecanismo é elétrico, não sendo preciso comprimir a mola a cada tiro. Os usuários precisam ficar atentos para deixar as baterias das armas sempre carregadas, senão o dispositivo não funciona na hora da ação.
- Gás (GBB)
No mercado, você encontrará este tipo de arma com a sigla GBB (Gas Blow Back). Como o próprio nome diz, o sistema funciona com o cilindro da arma cheia de gás CO2 ou Green Gas, e não com o ar, como nos outros modelos. O que os usuários mais gostam aqui é o “tranco” que o armamento faz, assemelhando-se muito com o tradicional. Antes, para comprar uma GBB, era preciso fazer um certificado de registro no Exército. Mas, em junho de 2017, foi decretado o fim do certificado para a aquisição de armas de pressão de gás.
mpa