“As empresas não precisam estar em crise para promover leilões. A prática tem diversas utilidades e é uma forma de gerar caixa com a venda de bens ociosos. Companhias com frotas de veículos podem vender os carros que serão substituídos. Empresas de serviços e comércio que realizam reformas em ambientes internos também costumam vender bens antigos que não serão mais usados, assim como alguns hotéis”, exemplifica Helcio Kronberg, leiloeiro público com ampla experiência nesse tipo de leilão.
De acordo com Kronberg, o leilão traz liquidez para quem vende e preço mais baixo para quem compra. Já para empresas com dívidas, os pregões são uma oportunidade inteligente. “Já fiz muitos leilões de empresas que arrecadaram recursos para pagar dívidas com fornecedores, funcionários e outros credores, principalmente bancos”, explica.
Divulgação certa
Além dos preços atraentes para compradores e as vantagens para os vendedores, os leiloeiros precisam, obrigatoriamente, garantir a ampla divulgação do pregão. Por isso, os profissionais investem em anúncios em revistas e jornais, assessoria de imprensa e campanhas no Google. “Isso evita que a venda dos bens demore a ser feita. Quanto mais divulgação, mais pessoas ficam sabendo”, diz.
Leilão extrajudicial vs. leilão judicial
Os leilões judiciais ocorrem quando a Justiça determina que algum bem deve ser vendido, de modo que o valor arrecadado com essa venda seja utilizado para o pagamento das dívidas do credor.
Já os leilões extrajudiciais, também conhecidos como leilões empresariais, são aqueles que estão fora do âmbito judicial, ou seja, não são realizados mediante alguma ação da Justiça. Em outras palavras, são leilões comuns e todas as pessoas físicas e jurídicas podem participar.
Sobre Helcio Kronberg
Leiloeiro público oficial pela Junta Comercial do Estado do Paraná com 18 anos de experiência na área. É autor do livro “Leilões Judiciais e Extrajudiciais” recém lançado pela Editora Hemus. É docente, jurisconsulto com várias titulações acadêmicas. Para mais informações basta acessar: www.kronberg.com.
Rodrigo de Lorenzi