Conforme a enfermeira coordenadora da UTI Neonatal do “Materno Infantil”, Francismara de Lima Arruda, a recém-nascida foi internada UTI Neonatal do “Materno Infantil” para receber os cuidados da equipe, pois tinha quadro de prematuridade de risco. “O bebê que nasce com menos de 30 semanas de gestação é considerado prematuro extremo, o que significa que ele pode ter muitas complicações e este era o quadro da Ana Clara. Ela passou por problemas cardíacos, insuficiência respiratória, insuficiência renal, além de infecções que ocorrem devido à ausência de imunidade presente no organismo do prematuro, uma vez que ele ainda não estava preparado para o nascimento”, explica.
Conforme a pediatra Dra. Daniele Lucio dos Santos que prestou atendimento a Ana Clara, o acompanhamento aos pacientes da UTI Neonatalsão realizados de modo muito intenso. “Eu observava Ana Clara todos os dias, a cada evolução transmitia aos pais como estava o quadro de saúde dela. É importante que se mantenha muito diálogo com eles, pois nesse momento surgem diversas dúvidas e eles precisam desta atenção especial”, afirma.
A mãe da recém-nascida, Anderleia Costa de Araújo, moradora de Mauá da Serra, mãe de dois filhos, se deslocava por cerca de 70 km todos os dias para ir até a UTI Neonatal e quando chegava ao Hospital recebia toda a assistência necessária.
“Além do ótimo atendimento prestado para Ana Clara, tenho que agradecer todo apoio e carinho que foi doado a mim e ao meu esposo nesses meses por toda equipe do Hospital”, conta.
Estrutura Neonatal
A enfermeira Francismara esclarece que mesmo com todas as complexidades envolvendo a saúde dos recém-nascidos, a UTI Neonatal do Materno Infantil contém estrutura e uma equipe capacitada para atender aos pacientes. “Ana Clara passou por fisioterapia, recebeu banho de luz e fototerapia, acompanhamento nutricional e diante dessas e outras assistências, foi evoluindo cada vez mais até poder receber alta médica”, informa.
Emocionada, Anderléia afirma que ter a filha nos braços, é um milagre. “Não há palavras para descrever o trabalho prestado pela equipe da UTI Neonatal, eles foram perfeitos em tudo. É um profissionalismo muito grande que vivenciei lá dentro. Hoje estou sentindo a maior felicidade do mundo e a Ana Clara está muito tranquila. Ter ela agora recuperada é um milagre, uma vitória enorme”, diz.
Pós-atendimento
Depois de receber alta é encaminhado aos pais do ex-paciente o relatório de alta, onde é relatado todo o histórico do atendimento prestado.“Nós orientamos aos pais que esse documento seja apresentado em todos os atendimentos futuros, uma vez que um bebê que nasceu prematuro, necessita de um acompanhamento diferenciado e de maior atenção”, afirma.
“O paciente deve ser acompanhado pelo pediatra no ambulatório de alto risco, em Apucarana fica no Centro Infantil e nos demais municípios da 16ª Regional de Saúde, os pais devem procurar o Cisvir ou médico pediatra de escolha da família, sempre com atenção voltada para a trajetória hospitalar do prematuro”, explica a gerente de enfermagem do Hospital Materno Infantil, Erica Sanches.
“Durante todo este tempo em que cuidamos dos recém-nascidos é criado um vínculo de toda equipe, com a família do paciente. Diante disso, nós sempre deixamos nossos contatos disponíveis a eles, para que possam falar conosco diante de alguma situação que é necessária orientação profissional ou apoio médico. E, de fato, os pais sempre entram em contato e pedem a nossa ajuda mesmo longe do hospital”, finaliza a coordenadora.
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