Florianópolis reúne educadores para debater questões importantes para a educação, entre elas a inovação e a tecnologia em sala de aula
Os avanços tecnológicos e as novas gerações – tanto de pais, quanto de alunos – trouxeram para dentro das escolas a necessidade urgente de acompanhar as mudanças. Especialistas questionam e reavaliam o papel das instituições de ensino e dos docentes. “Quando se trata de educar e mediar o conhecimento, não se pode permanecer no mesmo ponto de antes. É preciso refletir, conhecer e discutir para avançar rumo ao futuro”, afirma a diretora pedagógica da Editora Positivo, Acedriana Vicente Sandi.
Com tanta novidade e inúmeros fatores influenciando de forma cada vez mais veloz a rotina em sala de aula, o debate entre especialistas, gestores e professores é muito importante para garantir que todas essas mudanças sejam, de fato, colocadas em prática. Especialistas afirmam que ainda há muito o que avançar e melhorar para colocar as escolas em perfeita sintonia com o mundo de hoje, um mundo mais digital. O evento “Um Dia Positivo!”, realizado em Florianópolis na última quarta-feira, cumpriu a missão de debater o assunto com quem vive a realidade escolar diariamente.
Tecnologia
Muitas escolas já se preocupam em buscar soluções tecnológicas que trabalhem a favor do aprendizado e contribuam para a formação integral dos alunos. Segundo Leandro Henrique de Souza, consultor do Sistema Positivo de Ensino, mestre em Ciência e Gestão de Tecnologia da Informação e um dos palestrantes do evento, muitos colégios já têm trabalhado para desenvolver o pensamento crítico de crianças e jovens. E, para ele, a tecnologia pode ser um aliado importante no desenvolvimento de um aluno com mais discernimento e capacidade de raciocínio. “A tecnologia não vai substituir o professor, mas será parceira dele. Os educadores que têm certa aversão à tecnologia ainda não entenderam como ela pode ser usada em sala de aula”, destaca. Segundo Souza, a partir do momento em que o professor desenvolver as competências necessárias para lidar com novas ferramentas e a nova realidade em sala de aula, ele vai conseguir se aproximar ainda mais do aluno, facilitando assim o processo de aprendizagem.
O palestrante explicou que o estudante de hoje tem um nível de atenção muito maior, é multifacetado e isso acontece porque ele nasceu e cresceu num mundo onde existem inúmeras formas de se conectar com as pessoas e o conhecimento. “Hoje, eles têm muito mais acesso às informações do que as gerações anteriores tinham. Não é mais possível tentar envolver esse aluno apenas com conteúdos no quadro negro ou nos livros. A aula precisa ser dinâmica, bem articulada, com imagens, sons, materiais gráficos – e é aí que os recursos tecnológicos são fundamentais”.
Em um país com aspectos estruturais e culturais que variam muito de uma região para outra, usar a tecnologia aliada à educação é tarefa árdua. A gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Milena Fiuza, ressalta que a falta de estrutura ou limitação financeira dificulta o uso da tecnologia – mas isso não não deve ser motivo para deixar os avanços de lado. “Quando se tem dificuldades de acesso à internet ou a ferramentas mais modernas, é o professor que tem de ser inovador. Ele pode passar inovação com o que tem disponível”, afirma Milena. Para ela, é importante trabalhar aquilo que é pertinente ao aluno e não abordar algo só porque está no currículo. “A escola tem de pensar no aluno que quer ser médico, engenheiro, professor, cientista ou continuar o negócio da família: o que ele precisa estudar?”, instiga. Modelos em que há menos presença da avaliação formal e sala de aula invertida têm obtido sucesso.
De acordo com Souza, o desafio está em todas as esferas. “Os professores não nasceram nesse ambiente totalmente digital; os pais acham que se o filho não tiver livro físico, lápis e caneta em mãos, não há aprendizado e os gestores educacionais têm o recurso, mas sentem dificuldade em implantar projetos efetivos. A cooperação entre gestores, professores, pais e alunos é fundamental para resolver a questão e eventos que estimulem o debate e a reflexão são sempre bem vindos”, aponta Leandro.
Sobre a Editora Positivo
Fundada em 1979, a Editora Positivo tem a missão de construir um mundo melhor por meio da educação. Tendo as boas práticas de ensino como seu DNA, a Editora especializou-se ao longo dos anos e tornou-se referência no segmento educacional, desenvolvendo livros didáticos, literatura infantil e juvenil, sistemas de ensino e dicionários. A Editora Positivo está presente em milhares de escolas públicas e particulares com os seus sistemas de ensino. Amplamente recomendados pela área pedagógica e reconhecidos pelos seus resultados, os sistemas foram criados de modo a atender a realidade de cada unidade escolar. Mais de 800 mil alunos utilizam os sistemas de ensino da Editora Positivo, em escolas públicas e particulares, no Brasil e no Japão.
Sobre o Sistema Positivo de Ensino
É o maior e mais tradicional sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversas disciplinas, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltados à educação. Presente em 1.890 escolas e atendendo mais de 500 mil alunos em 950 municípios do território nacional, o Sistema Positivo de Ensino está presente em135 escolas de Santa Catarina, atendendo mais de 43 mil alunos do Estado.Na capital, são 11 escolas conveniadas e mais de 7 mil alunos atendidos.