O aneurisma cerebral, que é a dilatação anormal de uma artéria localizada no cérebro, possui diversos formatos e tamanhos. Constitui uma das principais causas de morte súbita e, uma vez ocorrido, as primeiras 48 h são as mais críticas, pois, nesse período, pode ocorrer o ressangramento.
A manifestação clínica do aneurisma cerebral geralmente é uma dor de cabeça muito forte, relatada como a pior que a pessoa teve na vida. É tão intensa, que pode vir acompanhada de perda de consciência, breve desmaio, vômitos e um mal-estar geral acentuado.
Uma vez estabelecido o quadro clínico, com reconhecimento e identificação dos sintomas, o melhor diagnóstico é feito por meio de uma tomografia computadorizada, sem contraste. Esse exame vai mostrar a presença de sangue nos espaços que banham o cérebro.
Uma vez estabelecido o diagnóstico de aneurisma cerebral, o paciente deve ficar internado. O tratamento é, na maioria das vezes, cirúrgico, embora essa decisão dependa de uma série de particularidades, como a localização e o tamanho do aneurisma e do acesso ser mais ou menos fácil.
Cabe lembrar que alguns fatores podem facilitar o aneurisma cerebral. O mais importante e comum é a hipertensão arterial, principalmente quando ocorrem variações muito grandes da pressão durante o dia. O tabagismo também pode facilitar a ocorrência do aneurisma.
Perante o quadro acima descrito, a principal providência é que a pessoa procure rapidamente o serviço médico mais próximo para que seja feito um diagnóstico precoce do aneurisma cerebral. Isso é fundamental para propiciar um bom tratamento.
Prof. Dr. José Carlos Veiga é Coordenador da Disciplina de Sistema Nervoso da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Contato: jcemveiga@uol.com.br
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