HOME + Mais Gente Dallagnol alerta para necessidade de mudanças na legislação brasileira

Dallagnol alerta para necessidade de mudanças na legislação brasileira

Dallagnol alerta para necessidade de mudanças na legislação brasileiraEm palestra para mais de 500 pessoas na Universidade Positivo, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador e integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato falou sobre a importância da ética para o combate à corrupção no Brasil e a necessidade de mudanças na legislação brasileira. Segundo ele, medidas precisam ser tomadas para que, com o fim da corrupção e o resgate dos valores desviados, possamos perceber mudanças efetivas nas áreas da saúde, segurança e educação.

No evento, promovido pelo Grupo Positivo, o procurador apresentou um grande pacote anticorrupção composto por 70 medidas que incluem anteprojetos de lei, propostas de emenda à Constituição, projetos de resolução e outras normas voltadas ao controle da prática ilegal. Tais medidas, divididas em 12 blocos, mobilizaram mais de 200 especialistas coordenados pela Transparência Internacional e pelas escolas de direito da FGV. Segundo o site www.unidoscontraacorrupcao.org.br, 373 instituições foram consultadas e a plataforma teve mais de 900 participantes ativos na consulta on-line. Centenas de empresas já assinaram apoio à iniciativa – entre elas, o Grupo Positivo. “Queremos que essa campanha chegue a cada um de nossos parceiros de negócios, a cada um de nossos alunos e colaboradores, porque a ética é um dos valores do Grupo Positivo e devemos buscar uma sociedade mais ética, não só dentro do Grupo, mas em todo o país”, afirmou o vice-presidente do Positivo, Lucas Guimarães.

Segundo Dallagnol, essas medidas poderão direcionar os eleitores para um voto mais consciente, em outubro. “Em 2018, a principal arma do brasileiro contra a corrupção é o voto”, ressaltou. De acordo com o procurador, a origem da corrupção está no voto viciado. “Não é que o brasileiro elege o corrupto – isso é um círculo vicioso. Quando o político desvia dinheiro público, uma parte vai para o bolso dele e uma parte vai para a campanha eleitoral. Caras campanhas eleitorais, turbinadas a propinas, fazem qualquer político parecer um anjo – e essas campanhas eleitorais (turbinadas a propinas) vão alavancar a permanência dele no poder. Algumas pesquisas mostram que quanto mais se investe na campanha, maior a probabilidade de um político ser eleito. Uma vez eleito, ele vai continuar ou ampliar os esquemas e gerar mais propina, e alavancar a permanência dele e de outros aliado no poder – um círculo vicioso”, explica Dallagnol.

Para desmontar esse esquema, o procurador da República defendeu uma campanha apartidária de voto consciente, sugerindo que os eleitores escolham os candidatos de acordo com as propostas políticas, ideologias e posicionamentos, mas que tenham em comum três pressupostos básicos: passado limpo, compromisso com a Democracia e que apoie o pacote anticorrupção.

(centralpress@centralpress.inf.br)

Sair da versão mobile