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Espiritualidade pode ser tão determinante ao tratamento cardiovascular como o controle da pressão e do colesterol

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A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) programou para o primeiro dia do 73º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que começa em 14 de setembro, uma manhã inteira para debater a Espiritualidade e a Medicina Cardiovascular na Prática Clínica. Há anos a entidade tem um Grupo de Estudos que avalia e debate pesquisas nacionais e internacionais sobre o tema.

O assunto é tão relevante que o próprio presidente da SBC, Oscar Dutra, será um dos moderadores das discussões ao lado do vice-presidente do Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular da SBC, Mário Borba. “Espiritualidade nada tem a ver com uma religião específica, tanto que nos debates sempre há cardiologistas de diferentes denominações religiosas, ateus e agnósticos, todos empenhados em buscar comprovações científicas de como a espiritualidade age no organismo e na saúde cardiovascular”, esclarece Dutra.

A Medicina reconhece que a espiritualidade é um fator positivo e muitos especialistas já recomendam que o paciente, além de parar de fumar, reduzir o álcool, controlar a pressão e o colesterol, tente reduzir os efeitos do estresse no organismo, um fator relevante de risco cardiovascular. “Conviver com sentimentos positivos, ter uma vida mais tranquila, menos agitada e ansiosa, pautada em solidariedade pode atenuar os efeitos do estresse. Melhorar a qualidade de vida e torná-la mais saudável significa ter menos chance de uma doença cardiovascular”, lembra o vice-presidente do Grupo de Estudos em Espiritualidade e Medicina Cardiovascular da SBC, Mário Borba.

Nas últimas décadas o perfil da mortalidade no mundo inteiro mudou. Vencidas as doenças infecciosas, que causavam óbitos desde a infância, os fatores de risco como obesidade, diabetes, colesterol alto e hipertensão fizeram com que a doença isquêmica do coração e os derrames (AVCs)  assumissem a liderança como causa de morte. “Nos anos recentes a Medicina tem conseguido importantes vitórias graças à prevenção, principalmente”, lembra Oscar Dutra.

A Organização Mundial da Saúde alerta que, a partir de 2.030, devemos esperar a depressão e o estresse como principal causa de óbito. “Evidentemente não a depressão sozinha, mas com alguma comorbidade ou como fator provável para desencadear um infarto ou um derrame”, diz Oscar Dutra. Nesse contexto é que a espiritualidade, os sentimentos associados à solidariedade, podem melhor qualidade de vida decorrente da maior tranquilidade e do combate à ansiedade.

O Simpósio sobre Espiritualidade dentro do 73º Congresso Brasileiro de Cardiologia discutirá os mecanismos envolvendo espiritualidade nos processos de saúde, adoecimento e cura; a espiritualidade baseada em evidências: contribuição dos estudos epidemiológicos e desfechos clinicamente relevantes; as estratégias para otimização da anamnese espiritual: questionários na assistência e na pesquisa; como implementar um programa institucional de assistência centrada no paciente e na espiritualidade; conceitos avançados e controversos em espiritualidade e medicina cardiovascular e como fazer na prática clínica; espiritualidade, estresse pós-traumático e experiência quase morte; oração com pacientes e familiares, espiritualidade na terapia intensiva; entre outros tantos temas que serão debatidos.

A programação completa do 73º Congresso Brasileiro de Cardiologia – SBC 2018 está disponível no site: http://cardio2018.com.br/

 

Serviço:

73º Congresso de Cardiologia

Data: de 14 a 16 de setembro

Local: Centro Internacional de Convenções de Brasília – CICB

Endereço: SCES Trecho 2, Conjunto 63, Lote 50 – Asa Sul, St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2 – Brasília, DF, 70200-002

Informações e Inscrições: http://cardio2018.com.br/

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