Seu filho apresenta inchaço recorrente nas pernas, barriga e ao redor dos olhos? Fique atento! Pode ser um sinal da Síndrome Nefrótica. Conhecido como um conjunto de sinais e sintomas, a síndrome aparece na infância com o inchaço comum ou progressivo por todo o corpo.
O alerta é da Fundação Pró-Rim, referência nacional em tratamento e transplantes renais. Segundo Dr. Artur Ricardo Wendhausen, médico nefropediatra, a presença do edema (inchaço) é uma das características de que os rins não estão funcionando de maneira adequada, ou seja, estão perdendo a capacidade de reter proteínas filtradas na urina. Como a quantidade de proteínas eliminadas na urina é grande, o nível de proteínas sanguíneas diminui e assim resulta no inchaço progressivo.
“Sempre que uma criança tiver um inchaço recorrente ou crescente nas pernas, barriga e na região periorbitária – ao redor dos olhos -, os familiares devem procurar o serviço médico para um diagnóstico diferencial, com base em doenças que causam esse inchaço”, explica o médico.
A identificação da síndrome é feita por exames laboratoriais, os quais se medem as proteínas séricas (sanguíneas), proteinúria 24 horas e o perfil lipídico, este que identifica irregularidades em lipídios como colesterol e triglicerídeos.
As causas da doença podem ser congênitas (rara) e/ou adquiridas por um problema de saúde secundário, por doenças infecciosas, como hepatite, AIDS, ou doenças sistêmicas, como a Lúpus. Existem casos que a doença foi transmitida geneticamente. Na infância, a síndrome se apresenta muitas vezes de forma idiopática, ou seja, por uma causa desconhecida.
Segundo o nefropediatra, é possível adotar uma série de medidas clínicas para o tratamento da Síndrome Nefrótica, que contribuem para a redução da proteinúria e para a melhor conservação renal do paciente. O tratamento inicial é sempre com o uso de corticóide.
O médico enfatiza que, assim como outras doenças crônicas, se não tratada pode evoluir para a perda total da função dos rins em longo prazo. “A boa notícia é que 80% das crianças acometidas pela síndrome conseguem se recuperar ao longo da vida, se iniciarem o tratamento já nos primeiros sinais”, finaliza.
Sobre a Fundação Pró-Rim (www.prorim.org.br): Referênci