A websérie “Peixe-boi – Guardião das Águas Amazônicas” retrata como as comunidades ribeirinhas e os pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá convivem e trabalham com o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis). O projeto realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, apresenta como a espécie ameaçada de extinção é estudada e monitorada na Amazônia e mostra como a população local tem sido conscientizada para conservar a espécie, presente apenas na América do Sul. A série busca expandir essa conscientização, visando a redução da caça.
Composta por três episódios, a websérie terá o último vídeo disponibilizado na quarta-feira (19), às 16 horas, nas páginas do Instituto Mamirauá e da Fundação Grupo Boticário no Facebook e no Youtube. As imagens produzidas com drones e câmeras subaquáticas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (AM) permitem conhecer melhor o habitat e as características da espécie.
Os estudos do peixe-boi-da-amazônia são feitos pelo Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos (Mamaq) dentro do Instituto Mamirauá. A pesquisa engloba a observação dos animais para conhecer a dinâmica populacional – dados referentes à idade, à distribuição e à quantidade de animais da espécie – e acompanhar a ocorrência e os efeitos da caça de subsistência do mamífero. Segundo a oceanógrafa Miriam Marmontel, pesquisadora líder do grupo, a caça ao peixe-boi ainda existe por toda a Amazônia. “A gente trabalha muito junto com as comunidades, em termos de educação ambiental, para que isso diminua”, afirma.
Conscientizar para conservar
Além de Miriam, a série traz entrevistas com as pesquisadoras Hilda Chávez-Pérez e Camila de Carvalho, que relatam como são feitas as iniciativas de conscientização das populações ribeirinhas quanto à importância de conservar o peixe-boi. As ações de pesquisa, reabilitação, conservação e educação, que acontecem desde a década de 1990, já mostram resultados bem significativos, tendo praticamente erradicado a caça em algumas regiões, como o lago Amanã. “Eu me sinto bem feliz de escutar pescadores que chegaram a caçar mais de 60 peixes-boi na vida dizendo que estão fazendo a sua parte, não caçando porque acham bonito ver o peixe-boi vivo”, relata Hilda.
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