A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou, na tarde desta terça-feira (30 de outubro), os dados conjunturais da indústria de máquinas e equipamentos. O faturamento do setor teve alta de 13,4%, em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. Já, no acumulado do ano, o crescimento foi de 7,4%. A Abimaq fez ainda uma análise de como vê o futuro do País, com Jair Bolsonaro, na presidência. Para a Associação, se o novo governo realmente sinalizar as reformas necessárias como a tributária e a fiscal e a da previdência, o empresário voltará a investir, uma vez que hoje, existe uma demanda reprimida.
“São cinco anos em que não se investe no Brasil e a população continua crescendo. O mercado no Brasil existe e há também mercado para exportar. O Brasil precisa trabalhar na competitividade e criar dentro do país uma mentalidade exportadora para atingir mercados, que lá fora estão em crescimento, mercados não industrializados, como a América do Sul, Oriente Médio e África”, disse o presidente-executivo da Abimaq, José Veloso.
Além da alta no faturamento, outros dados positivos foram apresentados. O consumo aparente de máquinas e equipamentos teve crescimento de 13%, no ano (jan-set/2018). A carteira de pedidos em setembro registrou crescimento de 4,8%, em relação ao mês anterior (agosto). Em relação ao número de pessoas ocupadas, a indústria de máquinas e equipamentos encerrou o mês de setembro com 301,4 mil pessoas ocupadas, um aumento de 0,5%, em relação ao mês de agosto de 2018, que já havia crescido 0,6%. Este é o nono crescimento consecutivo no setor neste tipo de análise.
Exportação – Parte importante da recuperação no faturamento do setor, se deve à melhora das exportações e à valorização cambial. De janeiro a setembro as exportações cresceram 10,9%. No entanto, em setembro ante agosto, as exportações de máquinas caíram 24,7%. Na comparação com setembro do ano passado, os embarques de máquinas caíram 9,4%.
Importação – Em setembro houve também queda nas importações de máquinas e equipamentos. A queda ocorreu tanto em relação ao mês anterior (-12,6%) como em relação ao mesmo mês de 2017 (-3,1%). Embora a taxa de crescimento das importações tenha encolhido, o resultado deste ano sinaliza uma recuperação dos investimentos após quatro anos consecutivos de queda.