HOME + Mais Negócios Metade dos brasileiros com contas em atraso já negocia por meios digitais

Metade dos brasileiros com contas em atraso já negocia por meios digitais

Número de pessoas que pagam boletos pela internet cresceu 45,9%, nos últimos dois anos

 

 

Canais digitais como portais de AutoNegociação, Chat, e-mail, SMS, Whatsapp, Facebook Messenger e Agente Virtual (robô que substitui o atendente humano) já são utilizados por 48,8% das pessoas com pendências financeiras para negociação de dívidas. Um aumento de 20% em relação a 2017. Os dados acabam de ser divulgados pelo Instituto GEOC – que reúne 16 das principais empresas de cobrança do Brasil. O levantamento foi realizado com 2434 devedores de todo o país, entre os dias 18 de setembro e 10 de outubro.

“Os consumidores estão cada vez mais confiantes nos meios digitais de cobrança. Entre os mais utilizados para negociação estão o WhatsApp (45%), chats (44,9%) e portais de AutoNegociação (42,1%). 86,5% das pessoas que realizaram acordos por algum canal digital ficaram satisfeitas com a experiência”, afirma o conselheiro do IGEOC, Jefferson Frauches Viana.

Os segmentos analisados foram B2B, Banco Comercial, Cartão, Crédito Direto ao Consumidor (Empréstimo), Consignado, Consórcio, Educacional, Saúde, Telefonia e Veículo. As dívidas com instituições de ensino são as mais negociadas de forma virtual: 81,3% do total; seguida pelo segmento veículos (60%) e consignado (58%). Viana revela ainda que 74,86% dos devedores que fazem acordos on-line têm entre 21 e 49 anos. “Ou seja, desde o momento em que a pessoa passa a ter suas responsabilidades financeiras e a pagar suas próprias contas, ela adere aos meios digitais”. Exemplo disso é que 8 em cada 10 dívidas em atraso na área de educação são negociadas por meios digitais”.

Praticidade também na hora de efetuar o pagamento

A pesquisa revelou ainda que o número de pessoas que pagam contas pela internet cresceu 45,9%, nos últimos dois anos. Pagar contas pela internet já é uma realidade para 6 em cada 10 brasileiros com pendências financeiras. “O crescimento é significativo e mostra que o trabalho das empresas para desenvolver tecnologias mais seguras e confiáveis vem dando certo”, analisa Viana.

Discrição e praticidade

71,4% dos entrevistados preferem negociar em horários alternativos (antes do trabalho, à noite ou nos fins de semana). “As pessoas presam cada vez mais por privacidade e apenas 11,8% não se importam de fazer acordos durante o expediente”, diz o conselheiro do IGEOC. Segundo o levantamento, 37,2% querem negociar após o trabalho, 17,8% nos fins de semana, 16,4% antes do trabalho e 16,9% não tem preferência.

Os motivos mais citados como favoráveis a negociação virtual são a praticidade (47,4%), horários flexíveis (23,5%), discrição (16%) e não ter que falar com um negociador (12,3%). “Por outro lado, 45,4% dos entrevistados reclamaram que os canais virtuais de negociação oferecem poucas opções de pagamento e descontos”.

Mulheres mais comprometidas com saúde e educação

O estudo mostrou também que as mulheres são mais comprometidas em resolver o problema inadimplência do que os homens. Elas são responsáveis por 52,2% das negociações, contra 47,8% do sexo masculino. O sexo feminino é mais comprometido em renegociar débitos na saúde (66,1% dos acordos são feitos por elas), na educação (63,9%) e no cartão de crédito (55,7%). Já os homens lideram os acordos de consórcio (70,8%) e veículos (60,6%).

Sobre o IGEOC

As 16 empresas que compõem a entidade são Ação Contact Center, Antonio Braz & Vanya Maia Advogados Associados, Cesec, Global, Intervalor, J.A. Rezende, KSL Associados, Localcred, ML, Multicobra, Novaquest, RBrasil, Redebrasil, Renac, Way Back e Zanc.

As associadas do IGEOC atuam em diversos segmentos, como cartões de crédito, produtos bancários para pessoa física e jurídica, veículos, utilities, grandes redes de varejo, cobrança mercantil e cobrança internacional em 150 países.

O Instituto GEOC tem cerca de 20 mil colaboradores e 15 mil PA’s de atendimento, que juntas são responsáveis por cerca de 25% do mercado brasileiro.

Sair da versão mobile