A paralisia do sono é uma condição caracterizada por uma paralisia temporária do corpo. “Envolve um período de inabilidade de realizar movimentos voluntários que pode ocorrer no início do sono ou durante um despertar”, comenta a neurologista e especialista do sono do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dra. Patrícia Coral.
Acontece quando a pessoa acorda durante o estágio REM (rapid eye movement = movimento rápido dos olhos). A sensação de paralisia acontece porque o cérebro da pessoa despertou antes do corpo. Neste momento, o cérebro pode ainda estar envolvido com sonhos, numa espécie de confusão mental. A pessoa tem uma sensação terrível de não se mexer, além de estar vivenciando as imagens do sonho recente. “É um sintoma ligado ao cérebro porém o mecanismo pelo qual ocorre ainda não foi bem elucidado. Alguns estudos evidenciaram que pode estar relacionado ao transtorno de ansiedade, depressão, ingesta abusiva de álcool ou estresse pós-traumático. Em parte pode ter um componente genético”, explica a médica.
A situação explica muitos relatos de sonhos nos quais as pessoas se veem deitadas na cama e incapazes de se mover. “Dependendo da frequência que ocorre pode requerer tratamento medicamentoso. Se ocorrer de forma isolada o paciente deve apenas tentar ficar calmo, pois o quadro reverte em poucos segundos”, afirma a Dra. Hábitos do sono mais saudável – como ir para cama em horários regulares, fazer atividades mais calmas próximo de dormir e evitar bebidas alcoólicas e medicamentos que relaxam a musculatura, são bastante eficazes para combater a paralisia do sono.
Segundo a especialista, a paralisia do sono pode ocorrer de forma isolada ou quando o paciente é diagnosticado com narcolepsia – doença genética na qual apresenta sintomas de sonolência excessiva diurna e cataplexia – perda repentina do tono muscular provocada por emoção forte, às vezes associada a um irresistível desejo de dormir que é associada ao quadro.
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